Bebê que nasceu de 28 semanas surpreende a cada dia

Publicado em 08/08/2017, às 10h31

Por Redação

Depois de três anos e cinco meses internado no mesmo hospital onde nasceu, e há três semanas em casa com a família, em Espírito Santo do Pinhal, interior de São Paulo, ninguém segura o menino Luiz Miguel. Ele manda um "positivo" com o dedo, agita os braços, bate palmas, solta uma gargalhada e vai arrastando, atrás de si, uma parafernália de tubos, máquinas e gente.

A alegria que contagia os pais, Lúcio e Lívia, a irmãzinha Lavínia e as enfermeiras do home care não cabe na casa. Os vizinhos do Parque das Nações, um bairro popular, também se alegram com a saga do menino. "Até nossa cachorra, a Serena, não para de pular e correr", diz a mãe.

Tudo isso porque Luiz Miguel Monteiro Filomeno é um sobrevivente. Ele nasceu em 4 de fevereiro de 2014, prematuro de 28 semanas, com o corpo ainda em formação. Os dois pulmões não estavam abertos para receber o ar e o esôfago não se conectara com o estômago. Mesmo assim, o bebê nasceu com vida e a equipe médica do Hospital e Maternidade Celso Pierro, da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Campinas) usou todos os recursos da medicina para mantê-lo vivo.



"Eles são os heróis, se dedicaram muito, colocaram à prova todo seu conhecimento para que nosso menino vivesse", afirma a mãe, a costureira Lívia da Silva Monteiro, de 33 anos.

Ela conta que, assim que examinaram o bebê, os médicos já sinalizaram que só por milagre ele sobreviveria. A criança tinha má formação nas vértebras, um pulmão não estava completo, o esôfago estava obstruído e ainda precisavam testar o intestino. Com cinco dias, Luiz Miguel teve hemorragia craniana. Com 12, passou por cirurgia no esôfago e recebeu uma sonda no estômago. "Os médicos diziam que meu filho não aguentaria, mas ele não queria ir embora. Eu sentia que ele queria viver. A cada procedimento, a gente pedia a Deus que fizesse o melhor, e ele continuava vivo, agarrado no tubinho (de oxigênio)." 

Com três meses, os exames acusaram quadro de hidrocefalia (excesso de líquido no cérebro) e ele precisou receber uma válvula na cabeça. "Até ele fazer 1 ano, foi uma luta diária." A família toda alterou a rotina. Lívia teve de deixar o emprego em uma empresa e seu marido, o policial militar Lúcio Flávio Campos Filomeno, de 29 anos, conseguiu mudar o curso na escola da Polícia Militar, que fazia em São Paulo, para Campinas.

Veja imagens do dia em que o menino recebeu alta médica:

Bebê que nasceu de 28 semanas surpreende a cada dia
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