Fisicamente fora da campanha eleitoral desde que foi esfaqueado no dia 6, Jair Bolsonaro (PSL) lidera a corrida à Presidência com 26%, segundo o Datafolha.
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Na semana em que foi oficializado candidato do PT à Presidência no lugar de Luiz Inácio Lula da Silva, inelegível por ser condenado em segunda instância, Fernando Haddad viu sua intenção de voto subir de 9% registrados na segunda-feira (10) para 13%.
Está empatado numericamente com Ciro Gomes (PDT), que manteve sua pontuação, e na margem de erro também com Geraldo Alckmin (PSDB), que oscilou de 10% para 9%.
Em curva francamente descendente está Marina Silva (Rede), que caiu de 11% para 8% e hoje tem metade das intenções de voto que tinha quando sua candidatura foi registrada em agosto.
O levantamento foi feito entre quinta e sexta (14) com 2.820 eleitores em 197 cidades e tem margem de erro de dois pontos para mais ou para menos. A pesquisa foi contratada pela Folha de S.Paulo e pela Rede Globo.
Bolsonaro oscilou positivamente dois pontos desde a última segunda-feira (10), numa semana em que teve de submeter-se a uma cirurgia de emergência para desobstruir o intestino. Ele segue internado numa UTI.
A curva é favorável ele. Antes do atentado, ele registrava 22% de intenções de voto na primeira pesquisa sem a presença de Lula no cartão apresentado aos entrevistados. Seu eleitor se diz o mais convicto: 75% afirmam que não mudarão de voto.
Bolsonaro também oscilou positivamente para 22% nas citações espontâneas ao nome do candidato preferido.
Haddad, registrado candidato na terça (11), dobrou sua pontuação na pesquisa espontânea, de 4% para 8%, empatando com Ciro (5% para 7%).
Previsivelmente, ele larga com bom desempenho no Nordeste, reduto de Lula, com 20% das intenções de voto estimuladas -empata com Ciro (18%), e Bolsonaro tem 17%.
Alckmin registra os mesmos 3% espontâneos da pesquisa anterior, empatado com Marina, João Amoêdo (Novo) e Alvaro Dias (Podemos), todos com 2%. A pesquisa traz más notícias para o tucano, que esperava crescer após duas semanas com o maior horário de propaganda gratuita de rádio e TV. Seu eleitor é menos sólido: 61% dizem que podem mudar de voto.
A maior rejeição entre os candidatos segue sendo a de Bolsonaro, tendo oscilado de 43% para 44%. Já Haddad viu seu índice subir de 22% para 26%, à frente numericamente de Alckmin (25%). Oscilaram Marina (29% para 30%) e Ciro (20% para 21%).
Apesar de manter a alta rejeição, Bolsonaro teve discreta melhora no seu desempenho de segundo turno.
Ele empatou no limite da margem de erro com Alckmin (41% a 37% para o tucano) e passou numericamente Haddad em empate (41% a 40%), por exemplo. Segue perdendo para Ciro e Marina.
Ciro ganha todas as simulações de segundo turno. Seu melhor desempenho é contra Haddad (45% a 27%).
O nível de confiança é de 95%. Levantamento registrado no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR 05596/2018.
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