Brasil registra queda de 5,8% no número de nascimentos em 2024, diz IBGE

Publicado em 10/12/2025, às 10h39
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Por CNN Brasil

Um estudo do IBGE revelou uma queda de 5,8% nos nascimentos no Brasil entre 2023 e 2024, com 2.442.726 registros, o que representa uma redução de 146.366 nascimentos em relação ao ano anterior.

A diminuição na taxa de natalidade foi observada em todas as regiões do país, com destaque para o Sudeste e o Norte, e os estados com maiores quedas percentuais incluem Acre, Rondônia e Piauí.

O levantamento também indicou uma redução de 17,1% nos nascimentos em comparação à média de 2015 a 2019, sugerindo que fatores como a pandemia e a diminuição da fecundidade estão impactando a evolução dos nascimentos no Brasil.

Resumo gerado por IA

Um estudo divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (10) apontou uma queda no número de nascimentos entre 2023 e 2024. Os dados fazem parte da pesquisa "Estatísticas do Registro Civil 2024".

Segundo o levantamento, em 2024 foram realizados 2.442.726 registros de nascimentos em cartórios no Brasil.

Do total de 2.442.726 registros feitos em 2024, 2.376.901 são relativos a crianças nascidas no mesmo ano e registradas até o primeiro trimestre de 2025. Comparados a 2023 (quando houve 2.523.267 nascimentos), os dados em 2024 representam uma queda de 5,8% no número de nascimentos e registros, o que corresponde a uma redução de 146.366 nascimentos.

Já os demais registros de nascimento (65.825), que correspondem a 2,7% do total, aconteceram em anos anteriores ou em ano de nascimento ignorado, mas são contabilizados no total de 2024.

Para a pesquisa, foram avaliados dados do Painel de Monitoramento de Nascidos Vivos, do Ministério da Saúde, e do Portal da Transparência do Registro Civil, do Operador Nacional do Registro Civil de Pessoas Naturais.

Entre os anos analisados, os dados destacaram essa queda na taxa de natalidade em todas as grandes regiões, principalmente nas regiões Sudeste (com redução de 6,3%) e Norte (diminuição de 6,2%).

Entre os estados com as maiores reduções percentuais estão:

  • Acre (-8,7%);
  • Rondônia (-8,6%);
  • Piauí (-8,2%).

Maioria dos bêbes nascem em março e maio

O estudo também analisou dados referentes ao mês de nascimento das crianças registradasno país.

Nesse âmbito, foi possível observar uma média mensal de 198 mil nascimentos, sendo as maiores frequências identificadas em março e maio, e a menor verificada em novembro.

"Tal comportamento confirmou a tendência de anos anteriores: um maior volume de nascimentos ocorridos no primeiro semestre do ano (52,1%)", afirmou a pesquisa.

No levantamento, também foram comparados os registros de nascimentos em 2024 com a média anual de registros realizados no período de 2015 a 2019 (cinco anos anteriores à pandemia de Covid-19).

Na análise, foi constatado que, em 2024, houve uma diminuição de 491.578 nascimentos em relação a essa média, número que equivale a uma queda de 17,1%.

"Para os últimos 20 anos, nota-se que a diminuição percentual dos registros, em 2024, foi ainda mais acentuada do que a observada nos anos de 2015 a 2016 e 2019 a 2020. A redução da natalidade e da fecundidade no Brasil somada, em alguma medida, aos efeitos da pandemia são elementos a serem considerados no estudo sobre a evolução dos nascimentos ocorridos no país nos últimos anos", concluiu o instituto.

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