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Brasileira Jaqueline Góes vira Barbie em coleção mundial que homenageia profissionais da pandemia

Revista Cláudia | 04/08/21 - 12h45
Além de Jaqueline, a iniciativa que faz parte da linha “Mulheres Inspiradoras”, homenageou outras cinco cientistas com a boneca | Foto: Mattel / Divulgação

Jaqueline Goés de Jesus, a biomédica brasileira, agora tem uma boneca Barbie em sua homenagem. A cientista foi umas das seis mulheres escolhidas pela companhia de brinquedos Mattel para ser enaltecida por seu trabalho de pesquisa imprescindível no combate ao novo coronavírus.

Conhecida mundialmente por seu trabalho realizado logo nos primeiros casos de Covid-19 na América Latina, Jaqueline liderou no Brasil a equipe responsável por sequenciar o genoma do vírus SARS-CoV-2 do primeiro brasileiro infectado. O feito foi concluído em apenas 48h, tempo abaixo da média mundial.

O sequenciamento permitiu diferenciar o vírus que infectou o paciente brasileiro do genoma identificado em Wuhan, epicentro da epidemia na China. A partir disso, identificou-se que o vírus presente no Brasil estava mais próximo das variantes detectadas na Alemanha no fim de janeiro.

Baiana, a cientista é graduada em biomedicina pela Escola Baiana de Medicina e Saúde Pública. Foto: Mattel / Divulgação 

“Enquanto cientista, mulher e negra, ser homenageada pela Barbie e me tornar um modelo para novas gerações é provar que através das oportunidades, o talento e inteligência podem alcançar e até gerar frutos positivos para uma nação”, diz a biomédica.

Além de Jaqueline, a iniciativa que faz parte da linha “Mulheres Inspiradoras”, homenageou outras cinco cientistas com a boneca: a britânica Sarah Gilbert, que liderou a criação da vacina de Oxford-AstraZeneca, as estadunidense Audrey Sue Cruz e Amy O’Sullivan, a australiana Kirby Whitby e a canadense Chika Stacy Oriuwa.

Este não é o primeiro feito científico do qual Jaqueline teve participação. Anteriormente, a cientista também cooperou com a equipe responsável pelo sequenciamento do genoma do vírus da zika durante a epidemia que assolou o Brasil em 2015 e 2016.

Baiana, a cientista é graduada em biomedicina pela Escola Baiana de Medicina e Saúde Pública, mestre em biotecnologia em saúde e medicina investigativa (PgBSMI) pelo Instituto de Pesquisas Gonçalo Moniz — Fundação Oswaldo Cruz (IGM-FIOCRUZ) e doutora em patologia humana pela Universidade Federal da Bahia em ampla associação com o IGM-FIOCRUZ.