Britânica que passou por transplante se reencontra com o antigo coração após 16 anos

Quem pode ter a experiência de ficar cara a cara com o seu próprio coração?

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A resposta: Jennifer Sutton. A britânica de 38 anos reencontrou o seu antigo órgão vital após passar por um transplante 16 anos atrás.

O coração retirado de Jennifer está em exibição em museu no centro de Londres (Inglaterra). A antiga dona descreveu a experiência como "surreal", de acordo com reportagem no "Daily Mail".

"É extremamente surreal vê-lo. Eu definitivamente tenho um carinho por ele, embora tenha causado tantos problemas dentro de mim", declarou.

Jennifer, que tinha apenas 22 anos quando recebeu um novo coração, que literalmente lhe deu um novo sopro de vida no Royal Papworth Hospital, em Cambridgeshire.

"Ainda bem que está naquele frasco e tenho um novo", disse ela.

"Mas sou grata, pois ele me manteve viva por 22 anos, é como um velho amigo. Acho legal (a exposição). Isso me lembra de tudo que passei e espero que com o tempo outras pessoas olhem para isso e considerem a doação de órgãos", acrescentou a britânica.

"Eu sempre presumi que deveria ter algo errado porque era mais lenta do que as outras crianças. Mas nada foi feito até eu ir para a universidade (Portsmouth University). Eu estava no meu segundo ano quando um amigo na época notou que eu parecia estar lutando para subir colinas, ficando meio azul e sem fôlego. Meu rosto estava azul e meus lábios e dedos também", recordou Jennifer.

A universitária foi ver um clínico geral, que imediatamente ligou para o 999 e ela foi levada ao hospital com suspeita de insuficiência cardíaca, onde permaneceu por duas semanas. Ela foi diagnosticada com cardiomiopatia restritiva, uma condição em que o coração se torna progressivamente mais rígido ao longo do tempo e se esforça para bombear o sangue pelo corpo. Era a mesma condição que sua mãe tinha. A solução foi o transplante. Enquanto aguardava na fila, Jennifer sobreviveu com um coquetel de remédios.

Moradora de Ringwood (Hampshire), Jennifer não sabe exatamente quem foi seu doador, exceto que ele era um homem na casa dos 30 anos.