A Polícia Civil divulgou, nesta quarta-feira, 23, novos detalhes do crime bárbaro que vitimou José Walison dos Santos, de 24 anos, no dia 26 de junho. O homem foi decapitado ainda com vida logo depois de estar bebendo com os criminosos em uma casa, em Teotônio Vilela, no interior de Alagoas. Em audiência de custódia no começo da tarde, a Justiça decidiu manter as prisões preventivas dos dois homens e a da mulher que foram presos nessa terça-feira, 23.
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O vídeo em que é possível ouvir os seis tiros disparados contra a vítima foi publicado pelo Fique Alerta. Nele, os suspeitos vibram logo após os tiros: "A gente arrancou a cabeça dele ainda com vida. Já é, já é".
Energia foi desligada - Em entrevista ao Fique Alerta, o delegado Flávio Dutra, da Delegacia de Homicídios da 6ª Região, afirmou que os assassinos desligaram a energia da residência e depois cometeram o crime.
"Pelo que estamos reconstituindo dos fatos, eles estavam bebendo e a vítima, quando decidiu que iria embora, estava saindo da casa em direção à via pública, quando um deles desligou a energia da casa. Porque a casa era monitorada, tinha câmeras ali no local que davam para a via pública. E o outro deu os tiros pelas costas. Enquanto a vítima estava agonizando no chão, um outro voltou para dentro da casa, pegou o facão, deu o primeiro golpe, em que a vítima tentou se defender, é o local em que está o corte no braço. Como ele não tinha mais força para levantar o braço, os outros golpes foram no pescoço, até que eles conseguiram tirar a cabeça da vítima ainda com vida. Durante a fuga, temos esse vídeo que é bem chocante, eles comemorando porque arrancaram a cabeça da vítima ainda viva e o outro confirmando: 'Já é, já é!'".
Os mandados de prisão foram cumpridos, nessa terça-feira, 22, contra dois homens e uma mulher, com idades entre 20 e 26 anos. As identidades dos suspeitos não foram divulgadas pela Polícia Civil.
"Eles não têm passagem pela polícia. Estamos tentando trabalhar essa questão da motivação, porque é um crime que chocou. Até nós, que estamos diariamente investigando questões de homicídios, vimos essa crueldade que excede um pouco o padrão. Estamos atrás de mais algumas provas".
"Durante o interrogatório eles continuaram com frieza, negaram o crime, afirmaram que estavam em outros locais, não colaboraram conosco. O que dificulta um pouco a questão da motivação do crime. Trabalhávamos com duas linhas de raciocínio. Uma questão passional, que já foi descartada. Trabalhamos agora tentando usar a hipótese do tráfico de drogas, porque a proprietária da casa tinha sido presa por tráfico alguns dias antes", acrescentou o delegado.
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