Brasil

Candidato a vereador "neonazista" causa polêmica na internet

13/09/16 - 10h22
Reprodução / Redes Sociais

Conhecido por seu posicionamento de extrema direita, o candidato a vereador pelo Rio de Janeiro Marco Antonio dos Santos (PSC) está causando polêmica nas redes sociais depois que fotos dele usando trajes idênticos ao do ditador Adolf Hitler ao lado de Jair Bolsonaro, no ano passado, foram divulgadas.

Mesmo sem curso superior, o candidato se autointitula "Professor Marco Antonio". Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, ele tem 52 anos e é analista de sistemas.

As imagens polêmicas foram tiradas na Câmara do Rio ao participar de uma audiência da Comissão de Direitos Humanos não só com as roupas de Hitler, mas também com o mesmo bigode e cabelo, ao lado de Jair Bolsonaro, seu colega de partido. Na ocasião, ele foi apoiar o polêmico projeto Escola Sem Partido.

O candidato, porém, nega que seja nazista e disse ser descendente de judeus.

“Estive na Câmara com cabelo cortado no estilo militar e estava com bigode estilo francês. Sou descendente de judeus franceses. É totalmente imoral a colocação que fazem de que sou neonazista. Estava usando três broches pequenos e uma cruz: um era símbolo da reserva do exército, a cruz de Jerusalém, o brasão da Congregação Mariana e a cruz desenhada como a do mérito Marechal Rondon”, tentou explicar.

Em entrevista a um portal de notícias cariocas, Marco Antônio contou também que foi muçulmano durante oito anos e abandonou a religião por causa do Estado Islâmico. Hoje, ele é cristão e participa do movimento “Nacional Democracia”.

Na página do Facebook do grupo, há mensagens em defesa do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do DOI-Codi acusado de comandar torturas durante a ditadura militar.

Já na página do portal “Democratize”, que publicou a notícia, um leitor comentou: “O que me assusta é a existência de pessoas dispostas a votar em candidatos com este pensamento... um ou dois insanos são facilmente controláveis pela Lei... agora quando a insanidade é coletiva, chegamos a um passo da barbárie...”.