Por Nide Lins
Didi e Lili — assim, carinhosamente, o público conhece as idealizadoras, articuladoras e líderes do Festival Carambola, um evento que em 2026 completa 10 anos de resistência, ousadia e amor pela cultura. Nasceu do desejo de abrir espaço para o que é diverso, plural e livre. Um festival do segmento LGBT+ que vai muito além das bandeiras, e que abraça todo mundo: do folguedo guerreiro à pop Marina Sena, do rap de Saci ao toque arretado da sanfona de Fidelis.
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Quem vai ao Carambola sai com gostinho de quero mais. Sonha com edições no São João, no Carnaval, ou em qualquer data que mereça ser celebrada com arte e alegria. É um encontro de corpos, sons, cores e sabores que alimentam a alma.
No último sábado, 1º de novembro, a felicidade estava no ar — e também nas mãos: água Solara e frutas foram gratuitas, refrescando quem não queria perder um minuto do festival. A praça de alimentação, maior que nunca, reuniu dez operações deliciosas, da coxinha crocante ao sanduíche vegano, e encantou um público jovem, diverso e cheio de estilo. Se rolasse um concurso de moda ali, seria difícil escolher o vencedor!
E pra quem cansou das horas em pé — porque dançar no Carambola é quase obrigação — tinha redes, cadeiras e as tradicionais cangas que o público traz de casa pra estender no chão e curtir o som no palco bonito, com som impecável e energia de primeiro mundo.
O Carambola faz história. No ano passado, homenageou Hermeto Pascoal, vivo, em um show inesquecível — e o mestre deixou como presente uma letra exclusiva para o festival, que virou melodia e memória.
Fazer o Carambola acontecer é uma maratona de amor e persistência: buscar patrocinadores, escolher atrações que conversem entre si, cuidar dos detalhes, respeitar o tempo das coisas e das pessoas. Por isso, Didi, Lili e toda a equipe merecem aplausos, patrocínios e todo o apoio do mundo.
Em 2026, o Festival Carambola completa 10 anos. Que venha com a força do mar, com as bênçãos de Iemanjá, com a beleza da diversidade e o abraço da cultura que nos une. Porque alimentar nossos corações — com música, arte e afeto — é bom demais.
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