A carcaça do animal encontrado na praia do Sobral, próximo ao emissário submarino nesta sexta-feira (26), ainda não foi completamente identificada por biólogos do Instituto Biota, mas a suspeita é de que se trata de uma "baleia bicuda", pertencente a família dos ziphiidae. Apesar de ser chamada de baleia é espécie mais próximados golfinhos.
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De acordo com a bióloga Waltiane Bonfim, a carcaça já está em avançado estado de putrefação e a identificação completa só poderá ser feita através de uma análise detalhada do crânio do animal.

“Quase não há corpo para examinar, mas pelo que vimos no local, pode ser uma espécie de cetáceo, conhecida como bicuda. Suspeitamos disse por que esse tipo de animal tem dois dentes proeminentes na parte frontal da boca, que ficam para fora”, disse ela.

Ela disse ainda que a carcaça tem aproximadamente 4 metros de comprimento, e que há marcas que indicam que o animal foi morto por ataque de tubarões. “São animais raros e de hábitos oceânicos. É muito difícil ver um desses próximos à costa. No que sobrou do corpo, há marcas que aparentam ser mordidas de tubarão, o que pode indicar a causa da morte", explicou. "Mas isso deve ter acontecido no oceano, bem longe da praia”, explicou. O crânio do animal foi coletado pela bióloga para uma análise mais aprofundada.
A bióloga que examinou a carcaça do animal, divulgou a imprensa o resultado preliminar da avaliação, confira a integra do texto:
“O animal em questão era um zifídeo (família Ziphiidae). Um odontoceto (mesmo grupo dos golfinhos) conhecido popularmente como Baleia bicuda. A caracterização do animal é feita pelo par de dentes presente na extremidade da mandíbula. São animais bem raros de serem encontrados devido a seus hábitos oceânicos.
O animal já estava em estágio avançado de decomposição. Foi possível identificar algumas marcas de mordidas de tubarão, provavelmente ocorrida após a morte. Ele média 5m, mas esse valor é aproximado pois ele já estava sem a cauda.
O crânio do animal foi enterrado para posterior resgate e realização de estudos e o restante da carcaça foi destinando para uma área específica do aterro sanitário. Nesse atendimento de hj tivemos o apoio da sempma e do museu de história natural da ufal”.
Veja vídeos feito no local:
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