Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, renunciou ao cargo de vereador no Rio de Janeiro para concorrer ao Senado por Santa Catarina, destacando sua ligação emocional com o Rio e a busca por uma 'missão maior'.
Ele foi o vereador mais votado na última eleição municipal, com mais de 130 mil votos, e sua saída abre espaço para a suplente Alana Passos assumir a cadeira na Câmara do Rio.
A candidatura de Carlos ao Senado provoca divisões na direita catarinense, que já se organizava para apoiar outras candidaturas, e ele se une à deputada Carol de Toni em uma disputa interna pelo apoio do partido.
Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Carlos Bolsonaro (PL) anunciou nesta quinta-feira (11) renúncia do mandato de vereador pelo Rio de Janeiro. Carlos confirmou que vai concorrer ao Senado por Santa Catarina.
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O filho do ex-presidente anunciou a renúncia do mandato na tribuna da Câmara, durante sessão plenária nesta quinta.
"Eu amo o Rio de Janeiro, aqui cresci e construí uma história, aqui deixo parte importante de quem eu sou. Parto dessa cidade com o coração cheio de saudade, mas com a serenidade de quem sabe que está atendendo a uma missão maior, da qual sempre fiz parte", afirmou Carlos.
"Vou para Santa Catarina para cumprir um chamado que não poderia realizar aqui, pois fiz uma escolha sempre guiada pelo meu coração. Não é uma fuga, é a continuidade de uma luta."
Carlos, 43, exercia o sétimo mandato consecutivo na Câmara municipal. A primeira eleição dele foi em 2000, aos 17 anos. Ele assumiu com 18.
Na última eleição municipal Carlos foi o vereador mais votado da cidade, com 130.480 votos, mais do que o dobro do segundo mais votado, Márcio Ribeiro (PSD), com 56.770 votos.
Com a saída de Carlos, a primeira suplente do PL Alana Passos, ex-deputada estadual, assume a cadeira no ano que vem. O ano legislativo na Câmara do Rio termina na próxima terça-feira (16).
A ida de Carlos Bolsonaro para disputar vaga ao Senado por Santa Catarina gera um racha na direita do estado desde outubro.
A briga envolve, de um lado, a deputada estadual Ana Campagnolo (PL), que é a mais votada do Legislativo catarinense, Carol de Toni (PL-SC), deputada federal mais votada no estado; do outro, o governador Jorginho Mello (PL) e o senador Espiridão Amin (PP-SC).
A direita catarinense já se organizava há mais de um ano para lançar duas candidaturas: da deputada Carol de Toni e do senador Amin.
No início de dezembro, o vereador esteve em um evento em Chapecó (SC) ao lado da deputada federal Carol de Toni (PL-SC). Os dois protagonizam no estado uma disputa pela vaga do partido ao Senado em 2026.
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