O número de mortos do ataque terrorista em Ankara, na Turquia, realizado nesta quarta-feira (17), chegou a 28. Segundo o portal de notícias americano CNN, 61 pessoas foram feridas e carros militares foram incendiados.
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Autoridades locais acreditam que um carro-bomba causou a explosão — e que o ataque teria sido de autoria do Estado Islâmico ou dos militantes curdos separatistas do PPK.
Soner Cagaptay, membro sênior do Instituto de Política do Oriente em Washington, afirmou que se o ataque terrorista for confirmado, a reação turca vai ser intensa.
— Há definitivamente muitas razões pelas quais a reação turca vai ser feroz, se forem comprovados atos terroristas no acidente.
Na sequência do atentado, o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, decidiu cancelar uma viagem a Bruxelas, onde participaria nesta quinta-feira (18) de encontro dos líderes da União Europeia para discutir a crise dos refugiados.
Autoridades do governo, do Exército e dos serviços de informações turcos reuniram-se no palácio presidencial de Ancara, na presença do chefe de Estado, Recep Tayip Erdogan, e de Davutoglu, informou a imprensa local.
Bombeiros e ambulâncias foram enviados para o local do atentado, perto do quartel-general das Forças Armadas turcas e do Parlamento. A área foi isolada pela polícia.
O veículo de imprensa local NTV disse que a explosão aconteceu perto de um bloco residencial destinado a oficiais superiores. O porta-voz do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP, no poder), Omer Celik, já condenou firmemente o ataque.
— O terror atacou Ancara traiçoeiramente. Amaldiçoamos esse ataque.
A capital da Turquia já estava em alerta após dois homens-bomba terem causado a morte de 101 pessoas, em 10 de outubro, durante uma manifestação de ativistas pela paz perto da principal estação ferroviária de Ancara, o mais grave atentado terrorista na história moderna do país e atribuído ao Estado Islâmico.
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