“A Feira de Caruaru,/ Faz gosto a gente ‘vê’./ De tudo que há no mundo,/ Nela tem pra ‘vendê’,/ Na feira de Caruaru…”
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… Uma viagem até cidade pernambucana abençoada pelos mestres do barro, faz a gente lembrar a música de Luiz Gonzaga. Mas preste atenção, Caruaru é, além do artesanato e das feiras, também um centro da melhor culinária. Lá come-se bem, desde culinária nordestina ao restaurante italiano La Vera. Dessa vez vou ficar devendo dicas de restaurantes especialistas no bode guisado ou na fava, outras tradições da cidade.
Na viagem à convite da Masterop Operadora (leia-se Carolina Feitosa) traçamos um breve roteiro de comer, viver, beber e comprar em Caruaru. E nesse itinerário contamos com o auxilio luxuoso de Carmen Coutinho (formada em gastronomia e especialista em botecos).
Pra começo de conversa, quem vai até Caruaru tem por obrigação conhecer o Alto do Moura, o bairro onde são produzidos os famosos bonequinhos de barro, e tudo começou o Mestre Vitalino, também tocador de banda de pífano.
Vamos aos pontos:
Casa museu – A casa do Mestre Vitalino é o museu mais famoso do lugar, expondo o acervo do artesão e músico que conquistou o mundo com as esculturas de barro. Seu filho Severino Pereira dos Santos, sempre presente na instituição, mantém viva a tradição pai e também é escultor de mão cheia.
Mestres – No alto do Moura tem o roteiro dos mestres, os artistas populares com seus ateliers bem identificados, pra nenhum turista se perder nem se confundir. O mais fascinante é o Memorial do Galdino (falecido), com suas esculturas nas quais misturam-se o humano e o animal. Seu filho Joel continua no batente, multiplicando o legado.
Herdeira – Destaco também as miniaturas esculpidas pela ceramista Marliete, filha do famoso Mestre Zé Caboclo, um dos primeiros bonequeiros a exercer o ofício no Alto do Moura. Dona de domínio técnico perfeito, ela recria com riqueza de detalhes temas consagrados por outros artistas, como as cenas de retirantes, a volta da roça e a rotina da lavoura. Ela trabalha, com a família, reproduzindo cenas cotidianas e vende suas peças para colecionadores do Brasil e do mundo.
Roteiro das Artes– Como todos os ateliers merecem ser visitados, o melhor é passar antes na Associação dos Artesãos do Alto do Moura e pegar um mapa da cidade com o roteiro dos mestres (Elias dos Santos, Luiz Galdino, Família Vitalino, Zé Galego, Família Zé Caboclo, Família Luiz Antonio, Memorial do Mestre Galdino e Família Manuel Eudócio…)
Tem tudo – A Feira de Caruaru é como a música do Luiz Gonzaga diz: tem de tudo, cachorro, papagaio, confecções e artesanato de couro, madeira, barro, palha, e para os fãs tem loja com o artesanato de Minas Gerais. Ótimo para compras.
Mão de vaca – Depois das compras vamos à comilança, primeiro nos botecos da feira. Sob a coordenação de Carmen Coutinho conhecemos a Barraca da Sandra. Lá provamos mão de vaca (super leve) com muita cartilagem, seguida do saparatel (bem miudinho) e a feijoada (o melhor prato da casa). Simples e bom.
Sem ketchup– Logo na primeira página do restaurante La Vera, está informado, para quem deseja saborear as massas, pizzas, pães… “Não servimos ketchup nem maionese”. Aprovei a medida, pois esses molhos matam qualquer pizza ou massa. O restaurante italiano, com apenas dois anos de existência, é o melhor italiano da região. Inicie a expedição pelos pães caseiros com sal grosso e bom vinho.
As bruschettas são feitas com pão especial e têm variados recheios, desde o tradicional de tomate (simples, mas o melhor) seguido pelos sabores de ragu (carne moída), toscana (linguiça e queijo).
Não deixe de provar – A pizza rústica é a predileta da Eliza (filha da Carmen). A massa vem com molho de tomate, mussarela, linguiça, gorgonzola e brócolis. É de pedir bis, e deixa saudades. Ótima dica de Eliza.
O restaurante é do italiano Gianni Vene, também artista plástico, que se apaixonou pela pernambucana Islane Gonçalves… e assim nasceu o La Vera (“A Verdadeira”, numa tradução direta). O restaurante também recebeu indicação da seguidora do blog Lucía Villanueva. Aprovadíssimo.
Para se aconchegar –Ficamos no City Hotel Residence, é o mais novo meio de hospedagem na cidade. Dispõe de apartamentos amplos, confortáveis; e um café regional, no capricho, que tanto apreciamos e indispensável para trilhar os caminhos de Caruaru.. Valor da diária do apto casal é de R$ 204,00 já com café da manhã.
Pousada Casa da Gente –Fica no Alto do Moura e é muito simpática; não conheci os serviços de hospedagem, mas gostei do estilo rústico, típica casa do interior, onde do proprietário (podemos visitar) guarda uma valiosa coleção do Mestre Galdino.
Rota Caruaru
Masterop – www.masterop.com.br – telefone: 82 3216.200
Feira de Caruaru: Feira de Artesanato de segunda a Sábado, das 05 às 17h/ Feira da Sulanca – Segunda Feira às 5h
La Vera: Av Jangadeiro Juvencio 196 -Caruaru -Telefone: 81 3721-7329 (Não aceita cartão)
Museu do Mestre Vitalino: Rua Mestre Vitalino, s/n | Alto do Moura | Telefone: (81) 3721.1257/ Visitação: Segunda a Sábado, das 8h às 12h e das 14h às 17h – Domingo das 9h as 13h.
Memorial Mestre Galdino: Rua são Sebastião, 181 – Alto do Moura.Horário de Funcionamento: Segunda a Sábado de 8h às 12h e das 14h às 17h, Domingo de 9h às 13h.
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