Casamento eleva sobrevida de cardíacos e diabéticos, indica estudo

Publicado em 07/06/2017, às 22h26

Por Redação

O casamento parece fazer bem para a saúde de pessoas com risco de sofrer doenças cardíacas. Uma pesquisa sugere que os casais têm um apoio social maior, o que os leva a buscar um estilo de vida mais saudável e aderir melhor à medicação.

O estudo foi apresentado na conferência da Sociedade Cardiovascular Britânica, em Manchester, no Reino Unido. Ele analisou dados de saúde de quase um milhão de britânicos por mais de uma década.

E mostrou que, entre os que têm fatores de risco cardíaco - colesterol alto, hipertensão, diabetes tipo 2 -, os solteiros têm uma taxa de mortalidade maior do que os casados.

Felicidade conjugal?

Paul Carter e seus colegas da Escola Médica da Universidade de Aston já tinham mostrado em estudos anteriores que o casamento aumenta as chances de sobreviver a um ataque cardíaco.

Sua mais recente pesquisa indica razões para isso: eles suspeitam que o casamento ajuda a amortecer fatores de risco de doenças cardíacas, incluindo colesterol alto e hipertensão.

Homens e mulheres por volta dos 50, 60 e 70 anos com colesterol alto eram 16% mais propensos a estarem vivos ao final dos 14 anos de estudo se eram casados. A mesma tendência se verificou nas pessoas com diabetes tipo 2 e hipertensão.

A situação era menos clara para pessoas que vivem juntas sem serem casadas, além de divorciadas e viúvas. Os pesquisadores também não analisaram se as pessoas casadas estavam em casamentos felizes.

Eles suspeitam que o casamento traz efeitos "protetores", e que estes resultam no que chamaram de "apoio social maior" que ajuda na busca por "um estilo de vida saudável e melhor adesão a medicações".

"Precisamos entender melhor essas razões, mas parece que existe algo em estar casado que é protetor, não apenas em pacientes com doenças do coração, mas também as que têm fatores de risco para as enfermidades", disse Carter.

O conceito de doença mental é um mito, diz autora de estudo anti-psiquiatria no Canadá

"No entanto, não estamos dizendo que todos deveriam se casar. Precisamos replicar os efeitos positivos do casamento sobre a rede social (de solteiros) que tem base em família e amigos", acrescenta.

Para Mike Knapton, diretor médico associado da Fundação Britânica do Coração, que não teve relação com o estudo, "a mensagem que fica é que nossas interações sociais são determinantes importantes de saúde e bem-estar naqueles que têm fatores de risco como pressão alta".

"Independente de ser casado ou não, você pode apelar para os que você ama para ajudá-lo em lidar com os fatores de risco para doenças cardíacas", acrescenta.

Fatores de risco cardíaco:

-fumar

-pressão alta

-colesterol alto

-diabetes

-estar acima do peso/obeso

-sedentarismo

-histórico familiar de doença cardíaca

-idade (o risco aumenta com o envelhecimento)

Gostou? Compartilhe