A Polícia Civil de Alagoas indiciou o proprietário de uma clínica de reabilitação pelo homicídio doloso da esteticista Cláudia Pollyane, que morreu em agosto, após a confirmação de indícios de violência por laudos periciais.
Cláudia foi encontrada com hematomas e sinais de violência, e sua morte levantou novas denúncias, incluindo relatos de abusos sexuais de uma adolescente que também estava internada na clínica.
A clínica foi interditada pelas autoridades e a Polícia Civil aguarda a definição da Justiça sobre a vara competente para processar o inquérito, garantindo a validade dos procedimentos legais subsequentes.
A Polícia Civil de Alagoas concluiu o inquérito e indiciou pelo crime de homicídio doloso [quando há intenção de matar] o dono da clínica de reabilitação onde morreu a esteticista Cláudia Pollyane Faria de Santa'Anna, de 41 anos. O caso foi registrado em agosto deste ano.
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De acordo com a delegada Ana Luiza Nogueira, coordenadora das Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher (DEAMs), as investigações conseguiram confirmar os indicativos da prática do crime de homicídio a partir de laudos periciais.
"Após ter sido designado uma comissão para investigar a morte de Cláduia Pollyane, nas dependências da clínica da comunidade terapéutica, em Marechal Deodoro, a Polícia Civil já concluiu as investigações e, inclusive, com o indiciamento do proprietário da clínica pelo crime de homicídio doloso. Há indicativos claros no inquérito policial de prática delitiva, corroborado por laudos periciais enviados pelo instituto de criminalística", explicou a delegada.
A Polícia Civil aguarda a definição da Justiça sobre qual vara (ou comarca) tem a autoridade legal para processar o inquérito. A definição da Justiça é necessária para garantir que o inquérito policial seja encaminhado para a vara correta, assegurando a validade jurídica dos procedimentos seguintes.
O caso
Cláudia Pollyane morreu no dia 9 de agosto, em uma clínica de reabilitação localizada em Marechal Deodoro, na Região Metropolitana de Maceió. A família registrou boletim de ocorrência após ser informada, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município, que o corpo apresentava hematomas e sinais de violência, incluindo olho roxo.
O proprietário da clínica, que foi preso dias após o crime, relatou à polícia que a paciente teria entrado em surto de abstinência, sido medicada e ido dormir, sendo encontrada sem vida na manhã seguinte. Segundo o relato familiar, um médico da UPA informou que ela já estava morta havia pelo menos quatro horas.
A delegada Liana Franco, titular do 17º Distrito Policial, informou que, após a repercussão do caso, novas denúncias surgiram. Uma adolescente de 16 anos, também paciente da clínica, foi resgatada e relatou ter sofrido abusos sexuais praticados pelo dono do estabelecimento.
Após as denúncias e a confirmação das irregularidades, a clínica foi interditada pelas autoridades.
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