Polícia

Caso Marcelo Leite: após laudo, advogado dos PMs diz que versões dos policiais condiz com fatos

Redação TNH1 | 04/02/23 - 08h45

Após a divulgação do laudo da reprodução simulada da abordagem policial que vitimou com um tiro de fuzil o empresário Marcelo Leite, no dia 14 de novembro, em Arapiraca, e a constatação feita pela Polícia Científica de que há consistência entre as versões dos policiais militares e das testemunhas, o advogado Napoleão Lima, responsável por fazer a defesa dos PMs suspeitos, afirmou que a versão de seus clientes condiz com os fatos narrados por eles.

“Ficou claro, após essa reprodução, que a versão apresentada pelos PMs condiz com os fatos daquela abordagem que infelizmente acabou vitimando Marcelo Leite. Era possível ver ele em posse de uma arma, o campo visual e o laudo da perícia deixam isso claro. Outro fato confirmado pela perícia seria a versão de que Marcelo estava em alta velocidade. Isso ficou claro, pois as testemunhas e os peritos checaram que ele passou com velocidade acima do normal pelo quebra molas da avenida”, disse o advogado Napoleão Lima.

A reprodução foi realizada no último dia 16 de janeiro, nas proximidades do 3° Batalhão da Polícia Militar, local onde o empresário foi gravemente ferido pelo disparo de arma de fogo.

Laudo - Um dos principais pontos analisados pelos peritos foi a versão apresentada pelo PMS, que apontavam Marcelo em posse de uma arma de fogo. Durante a simulação, que analisou as condições de luminosidade da via e o campo visual do PMs com relação ao carro do empresário (um veículo modelo Creta), os peritos concluíram que era possível ver Marcelo portando ou apontando alguma arma de fogo para os policiais durante a abordagem.

O caso - A reprodução simulada é um dos elementos da investigação da morte do empresário Marcelo Barbosa Leite, 31 anos, morto dias após ter sido atingido por um tiro de fuzil, disparado por um policial militar do 3º Batalhão, no município de Arapiraca, Agreste do Estado, na madrugada do último dia 14. Ele foi atingido nas costas após ter sido perseguido ao passar pela AL-220 e não parar durante abordagem dos militares.