Caso Marielle e Anderson: quatro anos depois, em que pé está investigação?

Publicado em 14/03/2022, às 11h06
Caso Marielle e Anderson: quatro anos depois, em que pé está investigação? | Foto: Arquivo/Câmara do Rio
Caso Marielle e Anderson: quatro anos depois, em que pé está investigação? | Foto: Arquivo/Câmara do Rio

Por UOL

Há 1.461 dias, a família da vereadora Marielle Franco e a do motorista Anderson Gomes estão à espera de respostas sobre a motivação e os mandantes do assassinato que vitimou a dupla em 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro. A contagem de tempo está no site do Instituto Marielle Franco e também nas redes sociais de pessoas públicas, como a jornalista Eliane Brum e a cartunista Laerte, com o intuito de não deixar que o caso seja esquecido pela Justiça do Rio de Janeiro.

"Mulher, negra, mãe e cria da favela da Maré", como se apresentava, Marielle foi eleita a quinta vereadora mais votada da cidade em 2016. O assassinato da parlamentar em exercício colocou seu nome e, agora, legado, em projeção nacional e internacional: à medida que a sociedade civil ia às ruas repetir palavras de ordem - "Marielle Presente" e "Não seremos silenciadas"—, as investigações chegavam a nomes de acusados. A seguir, acompanhe os últimos acontecimentos em torno do caso.

Morte de Marielle completa quatro anos: cronologia da investigação

Em 12 de março de 2019 ocorreu a prisão do sargento reformado da Polícia Ronnie Lessa e do ex-PM Élcio Vieira de Queiroz. A denúncia contra eles foi aceita pelo Tribunal de Justiça do Rio naquele mês. Ronnie Lessa foi apontado como o autor dos disparos, e Élcio, como o condutor do veículo.

O TJ negou o recurso pedido pela defesa dos acusados em fevereiro do ano passado e, com isso, os dois serão submetidos a júri popular. A data ainda não foi definida. Eles negam participação no crime.

Em julho de 2021, foram anunciados novos promotores de Justiça para a força-tarefa do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) que investiga o duplo assassinato.

A novidade se deu depois da saída voluntária do caso das promotoras de Justiça Simone Sibilio e Letícia Emile. Elas alegaram "interferências externas" para a decisão. A primeira atuou desde a primeira fase e foi responsável pela denúncia oferecida em março de 2019 contra os executores do crime, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz.

Na ocasião, Anielle Franco (na foto acima, no centro) comentou que a saída tirava a esperança, mas que a família continuaria atrás das respostas sobre o mandante do crime.

No início de fevereiro, a Polícia Civil confirmou que um quinto delegado ficaria à frente das investigações do crime. A troca de cadeiras, disse a instituição, teve a ver com a promoção do delegado anterior. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) tem agora o delegado Alexandre Herdy no lugar de Henrique Damasceno, que foi promovido para a diretoria do DGHPP (Departamento-Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa). O Comitê, na ocasião do anúncio, viu a troca com "preocupação".




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