A Justiça decidiu soltar cinco dos 12 suspeitos envolvidos no assassinato do delegado Ruy Ferraz Fontes, ocorrido em 15 de setembro na Praia Grande, substituindo a prisão por medidas cautelares, já que esses indivíduos não tiveram participação direta no crime.
Sete outros suspeitos foram indiciados pelo homicídio, incluindo Umberto Alberto Gomes, que disparou contra o delegado e foi morto em confronto com a polícia, enquanto outros integrantes do grupo, ligados ao PCC, também foram soltos após alegações de inocência.
Os atiradores identificados tiveram suas prisões convertidas em preventivas e permanecem detidos, com alguns ainda foragidos, enquanto a investigação revela que o grupo utilizou várias casas no litoral como base para suas operações criminosas.
A Justiça mandou soltar cinco dos 12 suspeitos de envolvimento no assassinato do delegado Ruy Ferraz Fontes, morto a tiros de fuzis no dia 15 de setembro deste ano na Praia Grande, Baixada Santista (SP). No lugar da prisão, foram decretadas a aplicação de medidas cautelares.
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Segundo o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), os cinco suspeitos não tiveram participação direta no assassinato, foram indiciados por organização criminosa e já estão soltos. Eles estavam com prisão temporária decretada.
Outros sete suspeitos foram indiciados pelo homicídio. O oitavo suspeito, Umberto Alberto Gomes, 39, foi acusado de ter disparado mais de 20 tiros contra o delegado. Ele morreu em confronto com policiais civis e militares no Paraná, em 30 de setembro.
Uma das beneficiadas com as medidas cautelares é Dahesly Oliveira Pires, 25, namorada de um dos atiradores. Ela havia sido presa sob a acusação de ter ido buscar um fuzil na casa de Willian, na Praia Grande, um dia após o assassinato de Ferraz Fontes.
Nesse grupo de beneficiados também está José Nildo da Silva, 47, acusado de ter dado cobertura ao atirador Umberto em uma casa em Itanhaém, onde o criminoso ficou escondido após o crime.
Apontado como integrante do PCC, Rafael Marcel Dias Simões, 42, o Jaguar, foi acusado de ter dado fuga para o comparsa Luiz Henrique Santos Batista, 38, o Fofão, da Baixada Santista para a Grande São Paulo, cumprindo ordem de Danilo Pereira Pena, 36, o Matemático. A Justiça também mandou soltá-los.
O advogado Adonirã Correia Santos de Souza divulgou vídeo à coluna vídeo mostrando Jaguar, Fofão e Matemático soltos na porta do DHPP. Ele disse que Jaguar é inocente e não atirou no delegado Ruy Ferraz Fontes, como chegou a dizer em entrevista coletiva o secretário estadual da Segurança Pública, Guilherme Derrite. Os libertados afirmaram que a justiça foi feita.
A reportagem não conseguiu contato com os advogados dos demais indiciados. O espaço segue aberto para manifestações.
Atiradores
Já os indiciados pelo homicídio do delegado tiveram a prisão temporária convertida em preventiva e vão continuar atrás das grades. Um deles é Paulo Henrique Caetano Sales, 38, o PH. O DHPP diz que ele desceu da Hilux preta usada na abordagem ao carro do delegado e fez a contenção, impedindo a aproximação de outras pessoas e veículos durante os disparos.
A Hilux —diz o DHPP— era dirigida por Luís Antônio Rodrigues de Miranda, 43, conhecido como Gão. Ele teve a prisão preventiva decretada, mas até ontem à noite continuava foragido. Um quarto suspeito de atirador no delegado foi identificado e também é procurado.
Outro envolvido diretamente na morte é Marcos Augusto Rodrigues Cardoso, 36, o Fiel, que ocupava um Logan branco e seguiu o carro do delegado quando a vítima saía da Prefeitura de Praia Grande, onde era secretário de Administração. Ele foi preso e teria dado o sinal aos atiradores.
Os outros dois indiciados pelo homicídio são Felipe Avelino da Silva, 33, o Mascherano, e Flávio Henrique Ferreira de Souza, 24. Mascherano foi preso pela Divisão Antissequestro do Dope da Polícia Civil de São Paulo. Souza está foragido. Eles deixaram impressões digitais em um Jeep Renegade usado para dar fuga aos comparsas.
O bando usou quatro casas no litoral como logística. Os donos de dois desses imóveis foram indiciados pelo homicídio e organização criminosa e vão continuar presos.
Um deles é William Silva Marques, 36, proprietário de uma residência em Praia Grande. O outro é Cristiano Alves da Silva, 36, o Cris Brown, dono de um imóvel em Mongaguá.
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