Chacina de Guaxuma: polícia investiga hipótese de crime passional

Publicado em 09/11/2015, às 10h05
Imagem Chacina de Guaxuma: polícia investiga hipótese de crime passional

Por Redação

Chacina: casal e 2 filhos são mortos a facadas; um filho sobreviveu (Crédito: Deborah Freire)

Chacina: casal e 2 filhos são mortos a facadas; um filho sobreviveu (Crédito: Deborah Freire)

Quatro pessoas brutalmente assassinadas, sinais de tortura nos corpos das vítimas e ameaças recebidas anteriormente ao crime são indícios que não estão sendo desconsiderados pela Polícia Civil para definir as linhas do inquérito da Chacina de Guaxuma.

Além de vingança, primeira hipótese cogitada nesse domingo (8), durante os primeiros levantamentos do quádruplo homicídio, a motivação passional é investigada. O crime foi registrado na madrugada de ontem, quando casal e dois filhos foram mortos a facadas. Um terceiro filho, de cinco anos de idade ficou ferido.

De acordo com o delegado Lucimério Campos, que fez os primeiros levantamentos do caso, a linha passional está entre as possibilidades que surgiram após conversas com familiares das vítimas.

Ele revelou que foi solicitado ao Instituto Médico Legal um exame de conjunção carnal na mulher, Jenilza Oliveira Paz, e na criança de nove anos, Maria Eduarda. O exame na garota foi requisitado apenas por prudência.

O delegado não informou detalhes que levaram a polícia a cogitar essa possibilidade, mas a reportagem do TNH1 apurou com familiares que o casal Evaldo da Silva e Jenilza Oliveira tinha se separado e, havia pouco tempo, tinha reatado.

A violência com que ela foi morta, após ter as mãos amarradas a uma coluna, também chamou atenção da polícia. Apesar dos rumores de que ela teria sido encontrada só de calcinha, imagens da vítima confirmam que ela estava de vestido.

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Vingança

Além dessa linha, a hipótese de vingança por parte do ex-caseiro da chácara foi a que mais teve avanços. Ele teria ameaçado Evaldo e dito que ninguém mais trabalharia em seu lugar.

A polícia já identificou o homem e até o convocou a depor na Delegacia de Homicídios, ainda ontem. Porém, ele negou a autoria do crime. “Já temos os dados dele e vamos trabalhar para saber se ele está vinculado ao caso. É um senhor. Ele nega”, afirmou Campos.

O crime continuará sendo investigado pelo delegado Antônio Henrique e as polícias Militar e Civil mantêm as buscas pelos dois suspeitos de terem participação no crime, identificados como Charles e Maicon.

“Algumas pessoas já foram intimadas. Fizemos solicitações à perícia e não estamos descartando nenhuma linha de investigação. Se chegar uma informação de que o crime tenha relação com o tráfico, temos que apurar, mas essa é a linha que tem menos evidências, pelo histórico dele [Evaldo]. O secretário [Alfredo Gaspar] pediu prioridade máxima para o caso”, declarou o delegado.


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