Cientistas japoneses desenvolveram um teste de urina que determina a idade biológica de uma pessoa, utilizando um 'relógio de envelhecimento epigenético' que analisa miRNAs, com potencial para indicar a expectativa de vida.
A pesquisa, realizada com mais de 6.300 pacientes, revelou que a idade biológica pode diferir da idade cronológica e é influenciada por fatores como genética e hábitos de vida, com uma margem de erro média de 4,4 anos no teste.
Embora o teste seja menos preciso que métodos de metilação de DNA, ele se destaca como uma alternativa não invasiva e promissora para avaliar a idade biológica e o risco de doenças.
Cientistas japoneses afirmam que conseguiram desenvolver um teste de urina capaz de determinar a idade biológica de uma pessoa e potencialmente indicar sua expectativa de vida. O exame analisa moléculas genéticas presentes na urina para calcular a idade das células, que pode diferir da idade cronológica do indivíduo.
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De acordo com o Daily Mail, o novo método utiliza um "relógio de envelhecimento epigenético" que examina pequenas moléculas de material genético, conhecidas como miRNAs, presentes nas amostras de urina. Diferentemente da idade cronológica, a idade biológica reflete o estado real das células e pode ser influenciada por fatores como genética, estresse, sono, nutrição e tabagismo.
A pesquisa, publicada na revista científica "npj Aging", foi conduzida por cientistas da Craif, uma startup de biotecnologia localizada em Nagoya, no Japão. O estudo acompanhou mais de 6.300 pacientes que realizavam exames de triagem para câncer, dos quais foram coletadas amostras de urina. Os participantes também responderam a questionários sobre seus hábitos diários, incluindo consumo de álcool e tabagismo.
O teste foi desenvolvido após os pesquisadores sequenciarem os dados das amostras e aplicarem algoritmos para pontuar os participantes. Para maior precisão, foram criados modelos separados para homens e mulheres.
Os resultados mostraram que o relógio de envelhecimento urinário consegue prever a idade biológica com uma margem de erro média de 4,4 anos. Estudos anteriores já haviam sugerido que certos RNAs, como miR-155-5p e miR-34a-5p, quando superexpressos, podem aumentar a taxa de desenvolvimento de células cancerígenas e interromper o crescimento celular.
Segundo os cientistas, embora o teste seja ligeiramente menos preciso que um relógio de metilação de DNA, que utiliza padrões específicos de DNA para avaliar a taxa de envelhecimento biológico, ele "superou os relógios baseados em miRNA e mRNA do sangue". Isso indica que os testes de miRNA na urina podem ser "biomarcadores promissores e verdadeiramente não invasivos da idade biológica e do risco de doenças".
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