Coquetel de drogas potencialmente mortal, a cocaína rosa tem circulado em muitas cidades turísticas. Com cores vivas e algumas vezes até com cheiro de morango, o pó geralmente é uma mistura de cetamina, MDMA, comprimidos de cafeína triturados e outras substâncias.
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— O produto é altamente perigoso. Os turistas devem ter cuidado, pois podem receber ofertas por preços sedutoramente baratos — diz o policial Hermelo Molero, que atua na Espanha, onde a droga tem sido encontrada em lugares badalados, como Ibiza e Maiorca.
Diretor do serviço de monitoramento de drogas na Espanha, Claudio Vidal alerta que alucinógenos também podem ser misturados à droga, como LSD:
— O efeito do produto depende da mistura que eles usam ao fabricar. Se usarem uma quantidade excessiva de cetamina, será muito perigoso. Em alguns casos, mesmo doses pequenas causam danos cerebrais.
Ataques de pânico, problemas na bexiga e perda de equilíbrio
A cocaína rosa pode provocar também ataques de pânico, problemas na bexiga e perda de equilíbrio, que pode causar quedas. Em abril, a autópsia da brasileira Emmily Rodrigues, de 26 anos, que caiu do sexto andar de um apartamento na Argentina, apontou que a jovem consumiu cocaína rosa no dia em que morreu. A polícia investiga se Emmily cometeu suicídio ou foi morta pelo empresário Francisco Sáenz Valiente. Segundo Sáenz Valiente, na noite da queda Emmily teria tido um "surto psicótico".
O pó rosa, originário da Colômbia, pode ser encontrado em várias formas, incluindo pílula. Inicialmente foi apelidado de “droga chique”, já que custava até 100 euros (R$ 520), mas agora caiu ao preço da cocaína normal, que varia entre 40 e 50 euros (R$ 208 e R$ 260).
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