Comoção e revolta marcam sepultamento de jovem morta em escola no Rio

Publicado em 01/04/2017, às 19h47

Por Redação

Em meio a um clima de muita emoção, comoção e revolta, parentes, amigos e professores participaram no início da tarde de hoje (1º), do sepultamento da adolescente Maria Eduarda Alves da Conceição, de 13 anos, no Cemitério Parque Jardim de Mesquita, em Edson Passos, na Baixada Fluminense. A menina morreu após levar três tiros no interior da Escola Municipal Daniel Piza, em Fazenda Botafogo, na Zona Norte da cidade, na quinta-feira (30).

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, esteve presente ao sepultamento. Na última sexta-feira ele já havia se comprometido a “blindar” as escolas municipais que estão localizadas na linha de tiro resultante de confrontos entre policiais e traficantes, como é o caso da Escola Municipal Daniel Piza, onde Maria Eduarda estudava.

O velório da estudante, na manhã de hoje, ocorreu em meio a protesto e muita revolta por parte de parentes e amigos presente na capela onde o corpo da jovem estava sendo velado. Muitos usavam camisas homenageando Maria Eduarda com a frase “Saudades eternas”.

A morte da jovem ainda não está devidamente esclarecida e está sendo investigada pela pela Divisão de Homicídios. No momento em que ela foi atingida pelos disparos que a mataram, ocorreu uma intensa troca de tiros e policiais militares foram filmados atirando à queima roupa em dois homens que estavam caídos no chão.

O vídeo da execução foi amplamente divulgado nas redes sociais e nas imagens e reportagens da televisão, o que acabou por levar a Corregedoria da Polícia Militar, que também atua no caso, a determinar a prisão domiciliar dos dois policiais militar flagrados atirando contra os jovens.

Os policiais flagrados pelo vídeo são o cabo Fábio de Barros Dias e o sargento David Gomes, ambos lotados no 41º Batalhão da Polícia Militar, localizado em Irajá, também na zona norte. Eles estão sendo autuados por homicídio qualificado.

Gostou? Compartilhe