No mês passado, a Rússia passou a aceitar pilotos de guerra mulheres pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial.
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Os militares dizem que receberam centenas cartas de interesse. O primeiro grupo, com quinze mulheres, começa a treinar no mês que vem.
Durante a guerra, as pilotos da União Soviética eram conhecidas como "Falcões de Stálin", mas depois não puderam continuar a carreira na aeronáutica.
A BBC perguntou a três mulheres como é ser piloto hoje no país.
"Sou bailarina profissional e dou aulas de dança para crianças. Alguns pais das minhas alunas ficaram surpresos e chocados quando descobriram que o balé não é meu único interesse", diz a bailarina Ekaterina Voronina, que também é piloto há dez anos.
"Para aviadores, o gênero não importa. Cada voo me faz feliz. Você doma essa fera, e juntos vocês conquistam o céu."
No topo
Svetlana Kapanina é campeã mundial de acrobacias aéreas.
"É difícil descrever o que sinto quando ganho um campeonato", diz. "É difícil ganhar da primeira vez e ainda mais difícil continuar ganhando, ano após ano."
"No meu primeiro campeonato, havia 44 homens. Eu era a única mulher. Quando a competição pegou fogo, todos os homens ficaram de pé e gritaram: "Primeira! Primeira! Eles queriam que eu fizesse o primeiro voo", conta.
A estudante de aviação Anastasia Dagaeva diz que não há estereótipos de gênero entre os pilotos, mas mesmo a aviação amadora ainda é considerada um universo masculino.
"As mulheres superam os desafios, e isso me deixa muito feliz."
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