Em meio às críticas por suas novas exigências de segurança, a Conmebol voltou a se pronunciar publicamente sobre o assunto nesta segunda-feira (14). Em comunicado oficial publicado em seu site, a entidade faz referência ao Corinthians e à morte de um torcedor boliviano em jogo da Libertadores de 2013 para reforçar a proibição de bandeirões nos estádios.
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"A respeito da proibição do ingresso de bandeirões nos estádios, recordamos que tal proibição está vigente desde 2014, como consequência dos lamentáveis ocorridos durante a partida da Libertadores entre San José de Oruro e Corinthians, no qual ao subir um bandeirão na torcida visitante foi lançado um sinalizador que acertou o olho de um torcedor menor de idade e provocando sua morte", relembrou a Conmebol. Na ocasião, Kevin Espada faleceu aos 14 anos ao ser atingido pelo artefato.
A Conmebol havia divulgado suas novas medidas de segurança na última quarta-feira (9), quando passou a proibir 21 itens de adentrar aos estádios, três a mais do que antes. Entre as alterações estão os vetos aos bandeirões, sinalizadores e fumaças; além da obrigatoriedade de wi-fi para imprensa e organizadores dos jogos de Copa Libertadores e Copa Sul-Americana.
As decisões colocaram a entidade sob críticas de torcedores, e o Corinthians decidiu tornar pública a sua insatisfação. Em carta aberta e assinada pelo presidente Andrés Sanchez, o clube chamou a Conmebol de "burocrata", reclamou das proibições de bandeiras e bandeirões e ainda classificou os vetos como uma penalização aos torcedores.
A resposta da Conmebol não se dá diretamente ao Corinthians, mas quase isso. Ao lado do San José (BOL), é o único clube citado na nota oficial desta segunda.
No texto, a entidade ainda diz prezar pela "segurança, ordem pública e controle do espetáculo esportivo" e cobra circuitos internos de imagem. Também nega que a exigência de numerar assentos na venda de entradas tenha o intuito de extinguir os setores em que a torcida fique em pé - como o setor norte da Arena Corinthians.
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