Ricardo, de 40 anos, era morador do edifício Wilton Paes de Almeida e já havia conseguido sair do prédio. No entanto, voltou para tentar salvar seus vizinhos que estavam no sétimo andar, mas acabou ficando preso no local. Ele acabou caindo quando estava sendo resgatado pelo Corpo de Bombeiros (CB).
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"Eu consegui escutar ele gritando por socorro", relatou o sargento Diego Pereira da Silva Santos, do CB, que o encontrou no 15º andar. Ele o reconheceu através de fotos e lamentou: "estava muito escuro, mas é quase impossível esquecer este olhar".
Segundo ele, Ricardo estava estabilizado segurando no cabo de aço do para-raios, com a perna apoiada. "É que na hora que a gente estava terminando esta fase, o prédio acabou vindo abaixo. Infelizmente, caíram 6 ou 7 andares sobre ele, tensionou a corda e a corda não aguentou. Tudo isso faltando 30 ou 40 segundo para a gente acabar o processo", contou.
Segundo o auxiliar de limpeza Cosme Alexo da Silva, 53 anos, que mora em uma ocupação vizinha, Ricardo teria ido do 7º para o 8º andar para ajudar duas crianças gêmeas e a mãe delas, uma coletora de material reciclável identificada como Selma. Moradores acreditam que a mulher e as crianças também estão no meio dos escombros.
Ele era a única pessoa considerada desaparecida na tragédia. Pelas fotos em seu perfil no Instagram, Ricardo era um apaixonado por patins. São várias fotos e vídeos dele e amigos patinando. Em um dos posts, Ricardo aparece patinando dentro de um vagão do metrô. Ele cai, rindo muito, e vários amigos brincam com ele.
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