CPMI do INSS: presidente de entidade de pescadores é preso em flagrante

Publicado em 04/11/2025, às 11h08
Carlos Moura/Agência Senado
Carlos Moura/Agência Senado

Por Agência Senado

O presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura, Abraão Lincoln Ferreira, foi preso por falso testemunho após seu depoimento à CPMI do INSS, onde mentiu sobre sua saída da CNPA e seu relacionamento com figuras ligadas ao INSS.

Lincoln declarou ter renunciado ao cargo na CNPA, mas na verdade foi afastado, e também negou conhecer Antônio Carlos Camilo Antunes, embora tenha admitido o vínculo em outras respostas, além de ter mentido sobre sua relação com o tesoureiro da CBPA.

O presidente da CPMI, senador Carlos Viana, apoiou a prisão e destacou a importância da comissão para acabar com a impunidade, enfatizando a busca pela verdade em nome dos aposentados e da sociedade.

Resumo gerado por IA

O presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), Abraão Lincoln Ferreira, foi preso por falso testemunho ao fim de seu depoimento à CPMI do INSS nesta segunda-feira, 03.

Depois das arguições dos parlamentares, o relator da CPMI, Alfredo Gaspar, requereu a prisão em flagrante do depoente. Segundo o relator, Lincoln mentiu sobre o motivo de sua saída da direção da Confederação Nacional dos Pescadores e Aquicultores (CNPA) — ele declarara que tinha renunciado ao cargo, quando na verdade tinha sido afastado como medida cautelar — e “negou por meio do silêncio” conhecer Antônio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS, mas admitiu o vínculo ao responder a outras perguntas.

Lincoln também teria mentido sobre a natureza de sua relação com Gabriel Negreiros, tesoureiro da CBPA, e sobre o alcance da procuração passada a Adelino Rodrigues Junior.

— Adelino tinha amplos poderes para movimentar recursos da CBPA, e, com esses amplos poderes, enviou R$ 59 mil para a esposa do procurador geral do INSS de então, Virgílio Antônio, e R$ 430 mil para João Victor Fernandes em espécie.

Antes de concordar com o pedido, o presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), lembrou que “o silêncio também fala” e manifestou sua esperança com os rumos da comissão parlamentar mista de inquérito.

— Encerramos um ciclo de impunidade e começamos o tempo da verdade, em nome dos aposentados, das viúvas, dos órfãos e da esperança que ainda vive no coração do Brasil.

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