por Eberth Lins
Publicado em 29/08/2025, às 12h39
A marca de medicamentos alagoana Organil, criada por um homem descrito pela Polícia Civil como sendo líder de uma organização criminosa, movimentou o equivalente a R$ 1 milhão no último ano. A informação foi do delegado Thiago Prado durante uma coletiva de imprensa, no início da tarde desta sexta-feira (29).
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"Organil é uma marca criada pelo líder dessa organização criminosa que era confeccionado [os medicamentos] por completo aqui, na cidade de Rio Largo. Vale destacar também que essa organização criminosa atua há pelo menos um ano e que movimentou nesse período cerca de um milhão de reais em venda de medicamentos falsos, medicamentos roubados e anabolizantes", explicou a autoridade policial.
Thiago Prado contou ainda de que forma a quadrilha chamou atenção da polícia, levando a PC a deflagrar a Operação Farmácia do Crime.
"Com o advento dessas canetas emagrecedoras, muitas pessoas passaram a buscar no mercado paralelo esse tipo de medicamento, inclusive sem prescrição médica, correndo um sério risco de vida. Então começaram a ter muitos assaltos e furtos de medicamentos desse tipo, foram notificados mais de 30 assaltos no intervalo de um ano e a partir daí nós identificamos quem estava comercializando esses medicamentos [roubados]", detalhou.
Para aumentar os ganhos, a organização passou ainda a fabricar medicamentos em um laboratório clandestino e vendê-los na internet. "Não vendiam somente canetas roubadas, vendiam falsas, que eram produzidas nesse laboratório", afirma o delegado.
Nesta manhã, durante a operação, seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos e foram presos o líder do esquema e também o responsável pela fábrica clandestina.
A polícia trabalha agora para identificar outros integrantes da organização, a exemplo dos responsáveis pela publicidade e anúncios de vendas na internet.
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