A crise política no futebol brasileiro é inegável. A renúncia de Marco Polo del Nero do cargo de presidente da CBF na última quinta-feira (3) foi só mais um triste episódio de uma rica história dentro dos campos. A questão agora é saber se esse será o divisor de águas para uma verdadeira reformulação. Confira a seguir o que pode mudar no esporte que ainda é a paixão nacional.
De cara, o ex-presidente da federação capixaba de futebol Marcus Antônio Vicente (esq.) assume o comando da CBF. O cartola – que esteve com a seleção brasileira nas últimas duas partidas das Eliminatórias, algo que Del Nero já não fazia mais – terá um almoço de confraternização com todos os representantes de federações pelo País.
Marcus Antônio Vicente tem o direito de ficar até o fim do mandato de Marco Polo del Nero, que terminaria em dezembro de 2019. O dirigente já ocupava a vice-presidência da CBF e, claro, é aliado de Del Nero. Uma renúncia do então presidente poderia abrir espaço para o opositor Delfim Peixoto, que é presidente da federação catarinense de futebol.
Uma medida radical por exemplo seria a substituição do técnico da seleção brasileira. Muito bem em amistosos, mas ainda capengante nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, o técnico Dunga não agrada a todos. Uma troca seria uma medida para mostrar serviço em seus primeiros atos no cargo.
Sem a presença do presidente da CBF nos jogos, a seleção brasileira também ficava enfraquecida no campo político. O adiamento da partida contra a Argentina por exemplo foi um episódio em que a equipe ficou com poderes limitados. O time foi obrigado a jogar em um horário que não considerava o melhor.
Desde Ricardo Teixeira, todos os presidentes da CBF estão envolvidos em problemas na Justiça. Assim como ele, os sucessores José Maria Marin, hoje em prisão domiciliar nos Estados Unidos, e Marco Polo del Nero também foram indiciados pelo FBI. Um novo presidente pode ajudar a limpar a imagem ruim dos últimos tempos.
Fonte: R7
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