Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, o Cruzeiro inovou e vai chamar a atenção com uma ação de marketing no jogo desta quarta-feira (8), contra o Murici, em Alagoas, pela terceira fase da Copa do Brasil. Os jogadores da Raposa vão utilizar camisas com estatísticas colhidas pela ONG AzMina (que luta pelo empoderamento feminino) que ilustram o difícil cotidiano das mulheres. A informação é do site oficial do Cruzeiro.
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"O Cruzeiro Esporte Clube tem participado de diversas campanhas contra qualquer tipo de preconceito. Em pleno século XXI, não é tolerável ver as mulheres sofrerem atos de violência e discriminação. Com esta ação, nos juntamos a todos que combatem as desigualdades contra pessoas do sexo feminino. Esse é um dos papeis sociais que os clubes de grandes torcidas precisam sempre estar desenvolvendo", disse o presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, ao site oficial do clube.

(Foto: Divulgação / Site Oficial do Cruzeiro)
"O Dia Internacional da Mulher não é um momento apenas de trazer à tona toda a característica de desigualdade que ainda existe no Brasil e no mundo, mas também é um momento de conscientização de outros aspectos relacionados à mulher. Alguns dos números que vamos destacar têm a ver com o cuidado da mulher com a saúde, com o próprio corpo. É importante a gente ter um momento desse, onde você pode trazer à tona assuntos tão importantes e relacionados à mulher", completou Marcone Barbosa, diretor de marketing cruzeirense.
Mulher não paga
O Murici também vai homenagear as mulheres nesta quarta. O Alviverde não vai cobrar ingresso para as torcedoras, que terão acesso gratuito ao Estádio José Gomes da Costa.
Estatísticas nas camisas
- A cada 2 minutos uma mulher é morta;
- Trabalham quase 3x mais nas tarefas de casa;
- 5º país em taxa de feminicídio;
- De cada dez desempregados, 7 são mulheres;
- A cada dez jovens, 8 sofreram assédio;
- Apenas 9 em cada 100 deputados;
- Três em cada 10 já foram beijadas a força;
- A cada 11 minutos, um estupro;
- Apenas 12% dos prefeitos do Brasil;
- 17% dividem o presídio com homens;
- Apenas 22% dos parlamentares no mundo;
- Não há vereadoras em 23% dos municípios;
- 25% têm depressão pós-parto;
- 27% continuam com o agressor;
- Apenas 29% dos protagonistas de filmes;
- Salários 30% menores;
- Pouco mais de 31% dos candidatos eleitorais;
- 33% já sofreram assédio na rua;
- 35% já sofreram assédio em transporte público;
- 37% dos funcionários de grandes empresas;
- Parceiros cometem 38% dos feminicídios;
- Dos assédios, 39% foram com xingamentos;
- 70% dos que passam fome no mundo.
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