"Gols legítimos" e mensagem para gandulas: CSA faz representação na CBF contra arbitragem de jogo

Publicado em 18/08/2025, às 09h55
Allan Max/CSA
Allan Max/CSA

por Pedro Acioli*

Publicado em 18/08/2025, às 09h55

Após o empate em 2 a 2 com o Ituano, os torcedores azulinos e a direção do CSA ficaram na bronca com a equipe de arbitragem do confronto do último sábado (16), pela 17ª rodada da Série C do Brasileirão. O segundo gol anulado do time marujo, inclusive, teria provocado a confusão com policiais militares nas arquibancadas do Estádio Rei Pelé. Diante da insatisfação, o Azulão enviou um ofício para CBF no dia seguinte ao jogo, com reclamações direcionadas ao quarteto de árbitros. 

No documento, o CSA alegou que os dois gols anulados teriam sido legítimos, além da partida ter sido marcada por "erros graves e decisivos" da arbitragem, que teriam sido registrados em vídeos, anexados no ofício. As imagens não foram divulgadas. 

“No primeiro tempo, foi anulado gol legítimo do CSA por suposto impedimento,
em lance de enorme dúvida. [...] No segundo tempo, foi anulado outro gol legítimo do CSA, em que o árbitro assinalou inexistente falta cometida pelo atleta Igor Bahia, privando o clube da vantagem no placar”, afirmou o clube. 

Outro lance que gerou reclamação da diretoria maruja foi uma falta no atacante Baianinho logo após a anulação do segundo gol. Segundo o clube, mais um erro claro da condução da arbitragem. “Nesse caso, o mais absurdo é que o árbitro aplicou falta contra o CSA”.

A equipe foi composta pelo árbitro Maguielson Lima Barbosa (DF), os assistentes Daniel Henrique da Silva Andrade (DF) e Lucas Costa Modesto (DF), e o quarto árbitro Pedro Alves de Oliveira (DF).

Frase de árbitro aos gandulas

Mais uma conduta do juiz desagradou os dirigentes azulinos, e segundo eles, levantou suspeitas: uma frase direcionada aos gandulas antes do início da partida. O clube destacou que o árbitro Maguielson teria dito: “Hoje a minha mãe não vai chorar. Se tiver de chorar, que chore a sua. Qualquer erro de vocês coloco para fora”. 

“Tal conduta é absolutamente incompatível com a postura de isenção, equilíbrio e urbanidade exigida de um árbitro de futebol, revelando comportamento de intimidação e destempero”, destacou o Azulão. 

Confusão nas arquibancadas 

O jogo foi marcado por uma confusão nas arquibancadas antes do final da partida. Após o gol anulado, torcedores azulinos teriam jogado objetos no gramado. Com isso, diversas bombas foram lançadas pela Polícia Militar na direção da arquibancada, e ainda com pessoas agredidas e atingidas por disparos de bala de borracha. O CSA classificou a ação policial como “desproporcional”. 

No documento à CBF, o CSA responsabilizou o juiz por conta da confusão na torcida. “A confusão só ocorreu em razão direta do erro de arbitragem, que inflamou a revolta dos torcedores”.

Dirigentes e arbitragem

Na súmula da arbitragem, o diretor executivo de futebol do CSA, Jadson Oliveira, foi citado por se dirigir ao quarto árbitro com palavras de baixo calão e ameaças, o que aumentou o clima hostil nos corredores do Rei Pelé. 

Segundo o árbitro, ele afirmou: “Isso foi tudo culpa de vocês, seus f!lh# da pta, avisa aquele p@u no c* do árbitro que ele acabou com todo um jogo. Vocês são fd@, parecem que são da federação paulista, só tem f!lh# da pta. O que vocês estão fazendo aqui vai acabar com a gente. Vocês estão fd!d#s, vão para a casa do c@r@lh.”*

Mesmo com os ânimos exaltados, o quarto árbitro Pedro Alves de Oliveira teria ido até a porta do vestiário do CSA após o término da partida. O Azulão afirma que o fato agravou a tensão. 

“Ressalte-se que tal diligência poderia e deveria ter sido realizada pelo delegado da partida, em momento adequado e sem exposição. A atitude, em cenário de ânimos exaltados, gerou discussão entre o quarto árbitro e membros do CSA, agravando ainda mais a tensão”.

*Estagiário sob supervisão

Gostou? Compartilhe