CSA: sócios vão decidir se gestão Mírian Monte será condenada; veja possível punição

Publicado em 12/11/2025, às 15h18 - Atualizado às 15h26
Oscar de Melo / CSA
Oscar de Melo / CSA

Por Gabriel Amorim

Os sócios-torcedores do CSA, das categorias prata e ouro, vão decidir se a gestão da ex-presidente Mírian Monte será absolvida ou condenada administrativamente. A informação foi confirmada ao TNH1 por Clauwerney Ferreira, presidente do Conselho e dirigente interino do clube.

O Conselho realizou uma Assembleia Extraordinária na terça (11) para discutir o resultado das investigações sobre a antiga diretoria, afastada em 1º de setembro. Entre as denúncias estão pagamentos de "bichos" altos, retirada de documentos no CT e empréstimos sem aval do Conselho.

Os ex-dirigentes terão 15 dias para apresentar defesa, e, em seguida, será marcada uma assembleia com os sócios para o "julgamento". Segundo Clauwerney, o estatuto do clube prevê punições que podem chegar a 10 anos de afastamento administrativo, além de envio ao Ministério Público em caso de desvio comprovado.

Enquanto o processo segue, o CSA continua sob gestão interina de Clauwerney Ferreira. As eleições só devem ocorrer após a conclusão da investigação, o que pode adiar o pleito para 2026.

A decisão de absolver ou condenar administrativamente a gestão de Mírian Monte caberá aos sócios-torcedores do CSA. A informação foi revelada ao TNH1 por Clauwerney Ferreira, presidente do Conselho Deliberativo e atual dirigente interino do clube.

Na terça-feira (11), os conselheiros se reuniram em uma assembleia extraordinária para discutir o que foi apurado sobre as denúncias contra a ex-diretoria, afastada em 1º de setembro.

Alguns dos pontos já haviam sido apresentados na coletiva de 22 de setembro, entre eles:

  • bichos altos pagos a jogadores;
  • bichos pagos em conta de diretor;
  • retirada de documentos no CT após o rebaixamento à Série D;
  • empréstimos sem consentimento do Conselho;
  • desorganização no CT.

Clauwerney adiantou que outros pontos também surgiram durante a investigação, mas não foram divulgados. Na época, a ex-presidente Mírian Monte rebateu as acusações (leia aqui). Agora, segundo o dirigente, a defesa teria ido "por água abaixo".

"Se o afastamento tivesse alguma ilegalidade, eles teriam entrado na Justiça para derrubar. Tanto é que ninguém foi. Falaram, falaram, mas ninguém entrou. [O afastamento] foi legítimo. Só não votou quem fazia parte da diretoria."
Mírian Monte rebateu pontos levantados pelo Conselho | Crédito: Gabriel Amorim / TNH1

Assembleia com os sócios para "julgamento"

Os ex-dirigentes terão 15 dias para enviar a defesa ao Conselho Deliberativo. Depois disso, será marcada uma reunião entre os conselheiros para definir a data da assembleia geral com os sócios.

Clauwerney revelou que serão os sócios adimplentes das categorias prata e ouro que decidirão o "julgamento" dos ex-membros da diretoria. Nem todos os antigos dirigentes, porém, estão sendo acusados.

Segundo ele, o estatuto prevê, entre as penas possíveis, o afastamento administrativo por até 10 anos.

"O infrator será afastado por 10 anos. Caso seja comprovado algum desvio, por exemplo, o caso será encaminhado ao Ministério Público."
Augusto Oliveira / CSA

O TNH1 não conseguiu contato com as defesas dos ex-dirigentes, mas deixa o espaço aberto.

Eleições

Desde setembro, o CSA é comandado interinamente por Clauwerney, que afirma contar com o apoio de nomes azulinos como Robson Rodas, Marcelo Brabo e Ricardo Omena.

O afastamento da antiga diretoria tem prazo inicial de 90 dias, prorrogável pelo mesmo período durante a investigação. As eleições só serão convocadas após a conclusão do processo, o que pode empurrar o pleito para 2026.

Questionado se pretende disputar a presidência, Clauwerney respondeu de forma pragmática:

"O que eu posso dizer é que nosso grupo não tem vaidade. Pode ser o Brabo, o Omena, o Rodas... independente de quem for, será bem aceito, sem frescura."

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