Alagoas

Da gasolina aos alimentos: entenda como reajuste dos combustíveis vai impactar no bolso do alagoano

Theo Chaves | 10/03/22 - 16h03
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Com a disparada dos preços do petróleo, a Petrobras anunciou mais um reajuste, nesta quinta-feira, 10, nos preços da gasolina e diesel. A partir desta sexta-feira(11), o preço médio da gasolina para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$3,86, representando um aumento de 18,8%. Já para o diesel, o preço médio passara de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, uma alta de 24,9%. Mas qual o tamanho do impacto desse aumente no bolso do alagoano?

Em entrevista ao TNH1, O professor de Economia da Universidade Federal de Alagoas, Chico Rosário, esclareceu que esse aumento será repassado com um valor ainda maior ao consumidor.

“Esse é um dos maiores aumentos feito pela Petrobras, tendo como justificativa de que estão há 52 dias sem reajustes nos preços dos combustíveis. Mas, após quase dois meses sem reajustes, teremos agora mais de 18% de aumento nos preços para as refinarias. Isso representará mais de 20% ao consumidor. Se estamos pagando em média R$6,50 no litro de gasolina, provavelmente os novos preços serão entre R$7,50 a R$ 7,80”, afirmou o economista.

Chico Rosário ainda destacou que o aumento do diesel é mais preocupante e impactará ainda mais no bolso do consumidor. “Tivemos um aumento de quase 25% nos preços do diesel e esses novos valores impactam diretamente na inflação, porque é o diesel que carrega tudo nesse país. Até a própria gasolina é carregada pelo diesel”, disse.

O economista também destacou que a alta nos preços dos combustíveis será sentida principalmente pelas classes mais pobres, além de influenciar diretamente nos preços dos alimentos.

“O transporte público é movido a diesel, obrigatoriamente ficará mais caro. Além disso, esse aumento influencia também nos preços dos alimentos, no gás de cozinha. Esses itens têm um impacto muito grande no bolso da população de baixa renda”, ressaltou o economista.

Desde 2016, a Petrobras passou a adotar para suas refinarias uma política de preços que se orienta pelas variações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e pelo câmbio. 

Em nota publicada à imprensa, a Petrobras disse que “esses valores refletem parte da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente a demanda mundial por energia e que manterá o monitoramento contínuo do mercado nesse momento desafiador e de alta volatilidade”.