Maceió

Defesa Civil diz não haver risco de colapso em mina da Braskem atingir outros municípios

TNH1, com TV Pajuçara | 30/11/23 - 14h01
Reprodução/TV Pajuçara

Em entrevista à reportagem da TV Pajuçara, na tarde desta quinta-feira (30), o coordenador da Defesa Civil de Alagoas, Coronel Moisés, disse que, até o momento, não há risco do colapso na mina 18, no bairro do Mutange, em Maceió, afetar os municípios de Pilar, Coqueiro Seco e Santa Luzia do Norte.

A declaração foi feita após moradores ribeirinhos dos municípios, que ficam localizados às margens da Lagoa Mundaú, mostrarem preocupação com o risco iminente de uma mina não preenchida da Braskem colapsar e contaminar a bacia da Lagoa Mundaú.

Segundo a Defesa Civil de Alagoas, caso o desastre venha a acontecer, a tendência é que apenas a região lagunar de Maceió seja atingida.

—  E muito importante essa integração entre os órgãos federativos. Estado, Município e Governo Federal, todos colocam em prática o plano de contingência. Há possibilidades desses municípios serem atingidos? No momento, não há essa possibilidade. Esse desastre está focado aqui em Maceió, às margens da Lagoa Mundaú, próximo ao antigo campo do CSA. Até então, não há risco de atingir outro município. Estamos trabalhando com a possibilidade desse evento acontecer apenas na região lagunar de Maceió — explicou o Coronel Moisés.

Sobre as consequências de um possível colapso da mina 18, o coordenador disse que não há como dimensionar quais seriam as consequências.

 —  O desastre está em evolução, e não sabemos quais são as consequências diretas que ele vai provocar. Caso essa mina entre em colapso, essa água dela, que for tragada pela Lagoa Mundaú, pode salinizar a Lagoa. Então, há uma consequência para o futuro. No momento, não há necessidade de intervenção do Estado nesses municípios. Porém, esse desastre está em evolução, e não há, até o momento, nenhum cientista que possa prevê quais são as reais consequências que podem acontecer agora ou no futuro —  esclareceu o coordenador 

Moises também disse que, devido ao risco de colapso, técnicos ainda aguardam para fazer uma análise no local e na Lagoa Mundaú. 

—  Devido à atual situação de emergência e iminente colapso, ainda não podemos fazer uma análise na água da Lagoa Mundaú. Estamos acompanhando, juntamente com a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, a análise de subsolo e no lençol freático. O Instituto de Meio Ambiente também está acompanhando toda a situação. Então, gostaria de tranquilizar toda a população do Pilar, Coqueiro Seco e Santa Luzia do Norte, pois não há risco dos possíveis danos causados pelo colapso de mina atingirem esses municípios  — completou o coordenador