Delegado que iniciou investigação da morte de Teori é assassinado em Florianópolis

Publicado em 31/05/2017, às 11h35

Por Redação

O delegado da Polícia Federal responsável por abrir o inquérito da morte do ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki foi assassinado em uma casa noturna de Florianópolis, Santa Catarina, nesta quarta-feira. Adriano Antônio Soares, de 47 anos, iniciou a investigação do acidente aéreo ocorrido em Angra dos Reis, cidade onde atuava, em janeiro deste ano.

Em nota, a Polícia Federal afirma que Soares não comandava mais a investigação, que, agora, está sendo conduzida pela delegacia de Brasília. Na capital federal, há delegacias especializadas, e uma delas atende casos desse tipo. 

Soares estava acompanhado do delegado Elias Escobar, de 60 anos, que também atuava no Rio de Janeiro e também foi morto. Os dois estavam na capital catarinense para um curso na sede da PF. Eles teriam se envolvido em uma discussão na casa noturna, na parte Continental de Florianópolis, no bairro Estreito. O suspeito do crime é um comerciante da região, que está internado sob custódia no Hospital Florianópolis.

Veja quem eram os delegados:

Adriano Antônio Soares, 47 anos

Atuava como chefe da Polícia Federal de Angra dos Reis desde 2009. Em janeiro deste ano, abriu a investigação sobre o acidente aéreo que matou o ministro Teori Zavascki e mais quatro pessoas em Paraty (RJ). Na época, ele decretou o sigilo da investigação. Soares era delegado da PF desde 1999.

Elias Escobar, 60 anos

Elias Escobar era chefe da Polícia Federal em Niterói até março deste ano. Antes disso, ele atuou em Volta Redonda, onde comandou diferentes operações. Em 2014, oito policiais civis acusados de envolvimento com tráfico de drogas e extorsão no sul fluminense, em Minas Gerais e em São Paulo foram alvo de investigação comandada por Escobar. No ano de 2013, quando assumiu a chefia em Volta Redonda, o delegado prometeu que iria combater as milícias na região.

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