Dentista presa em Alagoas cobrava R$ 2.500 para aplicar silicone industrial em mulheres

Publicado em 24/10/2025, às 13h25
Polícia prendeu dentista suspeita de aplicar silicone industrial e causar necrose em pacientes - Foto: Reprodução
Polícia prendeu dentista suspeita de aplicar silicone industrial e causar necrose em pacientes - Foto: Reprodução

por Eberth Lins

Publicado em 24/10/2025, às 13h25

Uma dentista foi presa em Arapiraca, Alagoas, após denúncias de necrose em pacientes que pagaram R$ 2.500 por aplicações de silicone industrial, levando a investigações sobre lesões corporais graves.

Até agora, quatro mulheres apresentaram sequelas graves, com casos registrados em diferentes cidades, o que levanta preocupações sobre a segurança de procedimentos estéticos realizados por profissionais não qualificados.

A polícia investiga possíveis cúmplices na aplicação dos produtos e incentiva outras vítimas a se apresentarem, enquanto a dentista alega desconhecimento sobre a natureza do silicone utilizado.

Resumo gerado por IA
A dentista que foi presa em Arapiraca, Agreste de Alagoas, depois de pacientes denunciarem necrose após procedimentos estéticos, cobrava R$ 2.500 para aplicar silicone industrial nas pacientes. A informação é do delegado Edberg Sobral, responsável pela investigação, que disse ainda que a mulher vai responder pelos crimes de lesão corporal gravíssima.
Os procedimentos se tornaram caso de polícia depois que familiares de pacientes procuraram a delegacia para registrar necrose e adoecimento de mulheres atendidas pela dentista.
"Identificamos essa dentista, que estava cobrando R$ 2.500 pelo procedimento. Ela fazia a aplicação em domicílio, as pessoas a contratavam e ela seguia aos domicílios, sem higiene nenhuma e aplicava esses produtos", disse o delegado.
Até o momento, quatros casos de mulheres com sequelas foram registrados pela Polícia Civil. "São quatro vítimas, duas de Arapiraca, uma de Lagoa da Canoa e outra de Murici, de onde ela é natural. São consequências gravíssimas, causando necrose. Não é só o prejuízo físico, tem o psicológico. Fica o alerta às mulheres que buscam esse melhoramento estético, que busquem profissionais qualificados e verifiquem o produto ", detalhou Edberg Sobral.
Conforme o delegado, a dentista disse em depoimento não saber que se tratava de silicone industrial. "Ao ser interrogada, ela disse que adquiriu o produto com uma pessoa de Fortaleza, acreditando ser adequado para inserção no corpo humano, mas depois verificou-se que se tratava de silicone industrial", revelou a autoridade policial.
A polícia trabalha agora para saber se há envolvimento de outras pessoas na aplicação dos produtos e identificar novas vítimas. "As investigações continuam para tentar saber se existem outras pessoas que participaram, que ajudaram essa dentista nesses procedimentos. E se existir outras vítimas, busquem a delegacia para que ela[ a dentista] seja responsabilizada", complementou.

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