Desmaio e dificuldade para respirar: homem passa mal jogando futebol na orla da Pajuçara

Publicado em 11/11/2025, às 09h16
Homem passou mal jogando futebol na Arena Pajuçara - Foto: Cortesia
Homem passou mal jogando futebol na Arena Pajuçara - Foto: Cortesia

Por TNH1

Um homem de aproximadamente 28 anos passou mal durante uma partida de futebol na Arena Pajuçara, em Maceió, apenas seis dias após a morte de um garçom no mesmo local, levantando preocupações sobre a segurança de atividades físicas intensas na área.

O homem apresentou dor no peito, desmaiou e teve dificuldade para respirar, sendo socorrido pelo SAMU e levado à UPA do Jaraguá, mas seu estado de saúde atual não foi divulgado.

Especialistas alertam para a importância de avaliações médicas antes de praticar esportes, já que condições cardíacas não diagnosticadas podem levar a mortes súbitas, especialmente em jovens durante atividades físicas intensas.

Resumo gerado por IA

Um homem passou mal jogando futebol, na noite dessa segunda-feira (10), na Arena Pajuçara, nas proximidades do Batalhão de Salvamento Aquático do Corpo de Bombeiros, no bairro Pajuçara, em Maceió. O caso ocorreu seis dias após a morte de um garçom jogando bola no mesmo local. 

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) informou que o homem apresentou uma queixa de dor no peito e mal-estar. Além disso, a vítima chegou a desmaiar e também estava com dificuldade para respirar. 

Os socorristas do Samu o levaram para a UPA do Jaraguá, onde recebeu atendimento médico. Ainda não há informações do estado de saúde do homem. 

6 dias após morte no local

Na última terça-feira (04), um homem morreu jogando bola na mesma Arena. Ele foi identificado como o garçom Jamerson Nascimento dos Santos, de 30 anos. A morte, causada possivelmente por infarto, pegou a família de surpresa. Jamerson deixou a mãe, dois irmãos mais velhos e a esposa, essa última com quem dividia o trabalho nas piscinas naturais da capital.

Ao programa Fique Alerta, da TV Pajuçara, o irmão, Anderson Nascimento, disse que o garçom reclamou de dores no peito horas antes do futebol, mas não procurou um médico e resolveu praticar o exercício físico mesmo assim.

"É um momento muito difícil que todos nós estamos passando. Infelizmente a família tem esse índice de infarto, pois minha avó já morreu e eu tive um pré-infarto há cinco meses. Ele disse que foi para a academia pela manhã, sentiu umas dores, mas não procurou o médico. Terminou vindo jogar à noite e aconteceu isso. Não saiu o laudo, mas o médico já falou ontem que foi mal súbito, um infarto", destacou.

Cardiologista alerta para avaliação médica

Segundo o cardiologista José Leitão, tragédias como essa, embora raras, podem ocorrer mesmo entre pessoas aparentemente saudáveis. Ele explica que a morte súbita é uma parada cardíaca inesperada que, em muitos casos, está relacionada a doenças cardíacas não diagnosticadas.

"Na maioria das vezes, a pessoa não sente nada antes. São condições silenciosas, como miocardiopatias, arritmias graves, anomalias coronarianas ou inflamações no coração, que podem se manifestar de forma abrupta durante o esforço físico intenso", explicou o médico.

Entre adultos jovens, a miocardiopatia hipertrófica, o espessamento anormal do músculo do coração, é uma das principais causas. “Esse aumento da musculatura cardíaca pode levar a arritmias malignas e, infelizmente, ao óbito súbito, especialmente durante atividades intensas, como uma partida de futebol”, frisou Leitão.

O especialista reforça que, antes de iniciar qualquer prática esportiva, mesmo que de forma amadora, é fundamental realizar uma avaliação médica. “O ideal é passar por uma consulta com cardiologista, fazer um eletrocardiograma e, se necessário, um ecocardiograma e teste ergométrico. Esses exames simples podem revelar doenças que o indivíduo desconhece e que representam risco durante o exercício”, orientou.

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