Dietas detox: o que recomenda o Conselho Federal de Nutrição

Publicado em 13/09/2016, às 09h34

Por Redação

Revistas, milhares de páginas na internet disseminam as chamadas dietas "detox", vendidas como uma moderna forma de emagrecimento aliada à limpeza das toxinas do corpo.

Mas segundo o Conselho Federal de Nutrição, faltam evidências científicas que amparam a utilização de dietas “detox” ou desintoxicantes.

Segundo do CFN, em texto publicado sobre o tema, a utilização das detox "não é condizente com os princípios da alimentação adequada e saudável, que, de acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira, deve ser uma prática adequada aos aspectos biológicos e sociais do indivíduo e estar em acordo com as necessidades alimentares especiais; ser referenciada pela cultura alimentar e pelas dimensões de gênero, raça e etnia; acessível do ponto de vista físico e financeiro", diz o texto, que prossegue destacando  que a dieta deve ser "harmônica em quantidade e qualidade, atendendo aos princípios da variedade, equilíbrio, moderação e prazer; e baseada em práticas produtivas adequadas e sustentáveis, o que favorecerá o bom funcionamento do organismo".

Ainda segundo o CFN, "a dieta detox possui composição bastante heterogênea, mas usualmente inclui modificação da dieta habitual para uma dieta de baixas calorias, desequilibrada em macro e micronutrientes, com períodos de jejum e utilização de água pura, vegetais e frutas recém-processadas que, segundo seus defensores, facilitariam a fase I e II do fígado para desintoxicação, seguida da indução à diurese. Contudo, ressalta-se que o processo de desintoxicação ocorre de forma natural e diariamente no corpo humano, quando utilizada uma alimentação adequada e saudável, e que a radicalização na mudança da alimentação pela busca de efeitos imediatistas pode gerar riscos à saúde".

O QUE O CONSELHO RECOMENDA?

Diante das críticas, o que o Conselho Recomenda? "Recomendamos aos nutricionistas e à população que analisem criteriosamente orientações, anúncios e produtos amplamente divulgados que vendem e prometem facilidades, incluindo também os cursos de alimentação e nutrição em especialidades não reconhecidas pelo Conselho Federal de Nutricionistas. Nesse contexto, destacamos que a publicidade pode ter objetivo mais comercial do que de atender à saúde da população", diz o texto do portal do CFN.

"Sugerimos, portanto, que os interessados em praticar e promover uma alimentação adequada e saudável busquem o acompanhamento por nutricionistas devidamente registrados nos Conselhos Regionais de Nutricionistas e considerem as recomendações contidas no Guia Alimentar para a População Brasileira, instrumento que apresenta um conjunto de informações sobre alimentação e nutrição que objetivam promover a saúde no âmbito individual e coletivo"

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