Diretor do Hospital Universitário convoca reunião para discutir superlotação em UTI

O diretor do Hospital Universitário (HU) de Maceió, Sebastião Praxedes, falou com a equipe do Portal TNH1 sobre a denúncia de mulheres grávidas que buscaram atendimento na madrugada desta quarta-feira, inclusive no HU, e não conseguiram. Segundo ele, amanhã (11) a equipe de pediatria e da maternidade do Hospital vai ver o que pode ser feito. “A questão não é novidade e vem sempre acontecendo. O que eu fiquei sabendo é que nesse final de semana de Carnaval, todas as maternidades de Maceió estavam lotadas”, afirma.

LEIA TAMBÉM

Viver +

Horóscopo do dia: previsão para os 12 signos em 16/12/2025

Brasil

Quem era a empresária morta em acidente com Porsche em SC

Praxedes contou que o problema é recorrente e que por diversas vezes a direção do HU buscou resolver o problema com autoridades do Governo do Estado, do Ministério Público, mas não há solução.  “Sempre fica com problema com relação ao atendimento de crianças de alto risco que precisam de UTI e também no atendimento as gestantes no final de semana, porque a maioria das maternidades praticamente fecham”, reclama o diretor.

Causas da superlotação
O HU recebe gestantes de alta complexidade e risco habitual de toda parte superior da cidade de Maceió e de municípios como Rio Largo. “A gente está tentando mudar esse perfil do hospital e só atender alto risco. Mas na parte alta da cidade só existem duas maternidades de risco habitual, o IB Gato em Rio Largo e o Usineiro no Farol, e aí muitas gestantes que moram por lá, acabam nos procurando por ficarmos mais perto. E isso cria uma sobrecarga de atendimento”, avalia Praxedes.

Mortes de bebês
O diretor do HU falou sobre as mortes que teriam acontecido por conta da precariedade no atendimento, consequência da superlotação. Segundo Praxedes, elas acontecem porque o ambiente hospitalar com internos acima da capacidade, aumenta a probabilidade de morte. “Em uma UTI que só cabem 10 e a gente coloca 13, 14, 17, 18… a probabilidade de morrer é maior, mas são coisas que a gente não tem como limitar, porque a gestante chega ao HU e não tem pra onde ir, então ela é atendida”, explica o diretor.

Secretaria de Saúde de Maceió disse que vai investigar as denúncias.