Diretor é demitido após desviar R$ 1,2 milhão da verba escolar em MG

Publicado em 11/12/2025, às 21h08
Foto: Polícia Federal / Divulgação
Foto: Polícia Federal / Divulgação

Por Estado de Minas

Um diretor da Escola Estadual Desembargador Moreira dos Santos, em Minas Gerais, foi demitido após a Polícia Federal descobrir um desvio de R$ 1,2 milhão em verbas da educação, impactando até o fornecimento de alimentação para os alunos.

A investigação revelou que o esquema envolvia a emissão de notas fiscais falsas por empresas de fachada, simulando compras e serviços que nunca foram realizados, com o diretor atestando falsamente o recebimento para liberar pagamentos.

Após a exoneração do diretor, um processo disciplinar foi aberto pela Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, que reafirmou seu compromisso com a ética e a transparência, enquanto a investigação criminal continua sob responsabilidade das autoridades competentes.

Resumo gerado por IA

Um diretor da Escola Estadual Desembargador Moreira dos Santos, em São Gonçalo do Rio Abaixo, na Região Central de Minas Gerais, foi demitido do cargo após a descoberta de um desvio de R$ 1,2 milhão de verbas da educação. A investigação criminal, conduzida pela Polícia Federal (PF), revelou um esquema que utilizava notas fiscais falsas para desviar recursos que deveriam ser aplicados na unidade de ensino. O impacto da fraude foi tão severo que chegou a afetar o fornecimento de alimentação, exigindo que a prefeitura do município doasse gêneros alimentícios para os alunos.

Como funcionava o esquema de desvio


A apuração da PF apontou que o esquema se baseava na emissão de notas fiscais por empresas com endereços fechados ou sem indícios de funcionamento regular. Os documentos simulavam a compra de materiais ou a contratação de serviços que nunca foram entregues à escola. O mecanismo seguia um padrão claro:

  • Emissão de notas falsas: empresas de fachada eram usadas para emitir notas por produtos ou serviços fictícios, como reformas, compra de equipamentos ou materiais didáticos;
  • Simulação de compras: o diretor atestava falsamente o recebimento dos materiais ou a conclusão dos serviços, liberando o processo para pagamento.
  • Pagamento e desvio: após o pagamento ser efetuado, parte dos valores era transferida diretamente para contas pessoais do diretor ou de terceiros ligados a ele.

O esquema se aproveitava da autonomia financeira concedida às caixas escolares, que gerenciam verbas repassadas pelos governos estadual e federal, dificultando a fiscalização imediata.

O que acontece agora?


O caso se concentra na esfera administrativa, entre as medidas tomadas está a exoneração do diretor da unidade em novembro deste ano, para “garantir a devida apuração dos fatos”.  A SES informou que foi aberto um processo disciplinar conduzido pelo Núcleo de Correição Administrativa (Nucad), conforme demandam os “termos da legislação vigente” e garantindo os princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório.

A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais reafirmou seu compromisso com a “ética”, a “transparência” e o uso responsável dos recursos públicos. Destacando que a investigação é de natureza criminal e de responsabilidade exclusiva das autoridades competentes

Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.

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