Por Contigo!
As recentes revelações envolvendo Dona Ruth Moreira, mãe da cantora Marília Mendonça, reacenderam um intenso debate público sobre ética e justiça. A controvérsia surgiu após a divulgação de que Ruth recebeu 50% do valor de um seguro de um milhão de dólares, referente ao acidente aéreo que vitimou sua filha e outras quatro pessoas em 2021. A divisão do montante foi homologada pela Justiça, o que significa que foi formalmente aprovada por um juiz; mas a decisão ainda gera desconforto entre parte da população.
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Especialistas em direito da família apontam que, apesar da legalidade do acordo, ele não está livre de questionamentos. A advogada Elidian Sales explicou a colunista Fabia Oliveira do Metrópoles, que a homologação judicial não exclui a possibilidade de anulação futura, caso seja demonstrado que houve pressão indevida, desequilíbrio entre as partes ou prejuízo a herdeiros, especialmente quando envolve menores de idade. “O papel do juiz é zelar pelo interesse do menor e garantir que não haja abusos ou injustiças no processo”, observou.
Mesmo dentro dos limites legais, a divisão do seguro causou indignação por seu aspecto moral. Para muitos, a rapidez com que as negociações foram iniciadas, segundo relatos, menos de 24 horas após a tragédia, levanta dúvidas sobre sensibilidade e respeito pelas demais vítimas. Há também a percepção de que as famílias das outras vítimas, abaladas emocionalmente, possam ter concordado com os termos sem plena clareza ou preparo para contestá-los naquele momento.
A defesa de Dona Ruth afirma que o valor recebido foi destinado a uma conta em nome de Léo, filho de Marília, e que tudo foi feito de forma transparente e legal. Ainda assim, a repercussão negativa permanece, indicando que, em casos de grande comoção pública, a legitimidade jurídica nem sempre garante aceitação social.
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