"É triste se olhar no espelho e se ver mutilado". A forte declaração foi dada pela irmã de Alan Vitor dos Santos Soares, jovem sobrevivente do atentado a tiros cometido pelo serial killer de Maceió, Albino Santos de Lima. Laura Nicole prestou depoimento na manhã desta quinta-feira (04), no quarto júri em que o assassino em série senta no banco dos réus.
LEIA TAMBÉM
Alan Vitor foi vítima dos disparos em 12 de junho de 2024, no bairro Vergel do Lago, e passou cerca de um mês em coma. Ele foi atingido por quatro tiros, e uma bala ficou alojada na cabeça. O jovem também foi alvo de um disparo que pegou de raspão. Os outros dois tiros foram nas costas.
"Meu irmão é uma pessoa super do bem, não merecia isso. Acho que ele [Albino] rotulou meu irmão por conta das tatuagens e por usar brinco. Por que tanta maldade? De onde isso veio?”, disse, emocionada, a irmã da vítima.
“Ele é jovem, tinha um corpo bonito. É triste olhar no espelho e se ver mutilado. É difícil para toda família, principalmente para ele, que é quem mais sofre”, acrescentou a familiar ao responder perguntas da acusação.
Amigo revela que se livrou de atentado
O amigo de Alan, que também é testemunha no julgamento, identificado como Diogo Rafael, revelou que seria mais uma vítima de Albino Santos naquele dia, mas desistiu de acompanhar o colega devido à chuva.
“Eu iria estar com o Alan. Eu seria mais uma vítima do Albino, mas começou a chover. O Alan é um menino trabalhador, honesto. Perdeu o pai e a mãe, e ajuda a avó”, afirmou Diogo Rafael.
O júri
O júri está sendo realizado na 7ª vara Criminal da capital. A tese sustentada pelo Ministério Público do Estado de Alagoas é de tentativa de homicídio duplamente qualificada, por motivo fútil e por meio de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Albino já confessou a autoria de 18 crimes contra a vida e foi condenado por homicídio em três processos distintos. Ao todo, as penas somam mais de 85 anos de prisão.
LEIA MAIS
+Lidas