Economia

Economia brasileira deve crescer 1,3% em 2018, preveem BC e Ipea

O Ipea prevê que o Banco Central inicie um processo de elevação gradual da meta da taxa Selic no final do ano que vem ou no início de 2020

VEJA.com | 20/12/18 - 19h43
Para o Ipea, a inflação deve fechar o ano que vem com alta de 4,10%, após crescer 3,80% neste ano | Reinaldo Canato/VEJA

O Banco Central piorou ligeiramente sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deste ano de 1,4% para 1,3%. Essa é a mesma previsão apresentada nesta quinta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Para o próximo ano, a projeção para a expansão da atividade econômica foi mantida em 2,4%, apontou o BC em seu Relatório Trimestral de Inflação, publicado nesta quinta-feira. Já o Ipea prevê um avanço de 2,7% para 2019.

“Nossas projeções para 2019 baseiam-se na hipótese de que o governo eleito efetivamente se comprometerá com a implementação das reformas e medidas necessárias à superação da crise, o que levará à renovação do processo de recuperação cíclica”, informou o Ipea, em nota oficial.

A expectativa do Ipea é que, tanto pelo lado da oferta como pelo lado da demanda, quase todos os componentes do PIB apresentem taxas de crescimento no ano que vem, com exceção de exportações e importações. “Apesar da aguardada recuperação da atividade econômica ao longo de 2019, espera-se que apenas no final do ano comecem a surgir pressões inflacionárias que poderiam levar ao início de um novo ciclo de aperto monetário”, traz o estudo.

Na análise do BC, a economia segue operando com elevado nível de ociosidade, mas a retomada econômica “tem se traduzido em redução gradual dessa ociosidade”.

Para o Ipea,  a inflação deve fechar o ano que vem com alta de 4,10%, após crescer 3,80% neste ano. O Ipea prevê que o Banco Central inicie um processo de elevação gradual da meta da taxa Selic no final do ano que vem ou no início de 2020.

Em relação à política monetária, o BC reiterou mensagem divulgada desde a última semana, quando manteve a Selic em seu mínimo histórico de 6,5%, ao destacar um quadro favorável para a inflação, que joga para um futuro indeterminado eventual início de aperto nos juros após deixar de mencionar essa possibilidade em suas comunicações.