O presidente Michel Temer fez um novo pronunciamento, neste sábado, 20, após as denúncias de envolvimento em corrupção delatadas pelo empresário Joesley Batista, a quem chamou de “falastrão exagerado”. Temer voltou a se defender das acusações e falou em manipulação na divulgação do áudio gravado pelo executivo na imprensa.
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Segundo Temer, a perícia teria constatado que houve edição e manipulação da gravação e , por isso, vai entrar com pedido de suspensão de inquérito junto ao Supremo Tribunal Federal até que o áudio seja analisado. “Essa gravação clandestina foi manipulada e adulterada com objetivos nitidamente subterrâneos, incluída no inquérito sem a devida e adequada verificação”, disse.
O presidente disse, ainda, que o vazamento da gravação e a delação do executivo foram muito bem planejados. Segundo Temer, Joesley teria vendido ações antes da queda da bolsa. “Está livre e solto, passeando pelas ruas de Nova York. Ele não passou um dia na cadeia, não foi preso, não foi julgado, não foi punido e, pelo jeito não será. Cometeu o crime perfeito”, enfatizou.
Temer afirmou que há incoerências entre o depoimento do empresário e a gravação divulgada e que a acusação de corrupção passiva atribuída a ele era “pífia”. O presidente afirmou que não há qualquer referência à compra do silêncio de Eduardo Cunha na gravação e que “houve falso testemunho à Justiça”.
Sobre a gravação, Temer disse que “não há crime em ouvir reclamações e me livrar do interlocutor indicando outra pessoa para ouvir suas lamúria”.
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