Envolvidos tinham 8% de “lucro” por lavar dinheiro oriundo de propinas, diz MPE

Publicado em 31/01/2018, às 08h15

Por Redação

A terceira operação, que faz parte de uma ação conjunta realizada desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira (31), “Rilascio”, também prendeu outros dois fiscais de renda: Alberto Lopes Balbino da Silva e Augusto Alves Nicácio Filho. Ainda foram presos Emanuel Raimundo dos Santos, mais conhecido como “Mané Queixinho”, funcionário aposentado da Sefaz, e o sargento PM da reserva Evaldo Bezerra Barbosa. Todos são apontados pela investigação como envolvidos em fraudes fiscais, recebimento de propinas e lavagem de bens, dentre outros crimes.

Emanuel Raimundo e Evaldo Bezerra, segundo o MP, eram as pessoas que recebiam os cheques e depósitos bancários relativos as propinas, promovendo lavagem de bens em conjunto com os fiscais. Eles ficavam com aproximadamente 8% dos valores, devolvendo o restante para os fiscais de renda, aponta a investigação.

"Rilascio" é uma palavra italiana que significa “libertação”. O sentido do nome faz relação à libertação dos empresários que não pagarão mais propina aos fiscais.

O TNH1 conversou com o advogado Fernando Guerra Filho, que responde pela defesa do fiscal de renda Augusto Nicácio. Ele afirmou que vai questionar a legalidade das prisões diante do Tribunal de Justiça do Estado (TJ).

“Ainda é precipitado para mensurar qualquer mérito da prisão de hoje, mas o que eu posso afirmar é que a prisão é desnecessária e ilegal do ponto de vista técnico porque ela versa sobre fatos tratados pelo Tribunal no final do ano passado, quando o TJ entendeu de forma contrária a prisão e decidiu por medidas cautelares”, pontuou.

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