Saúde

Especialista em estética alerta para "Botox" pirata: "desconfiem de preços muito baixos"

Assessoria | 10/02/23 - 12h02
Assessoria

Em alerta, realizado na última semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) comunicou de que foram identificados casos de falsificação dos medicamentos Botox®️ e Dysport®️ em alguns lotes. Popularmente conhecida como Botox, a toxina botulínica é um dos medicamentos mais disseminados no mercado da estética de Harmonização Facial. 

A cirurgiã-dentista Palmyra Santa Rosa, referência nacional no atendimento da harmonização e uso do Botox, que já atendeu pacientes como Cafu, Carlinhos Maia, Álvaro Xaro e Ed Gama, reitera o alerta. Como líder mundial em cirurgias plásticas (13,1% do total), segundo números da International Society for Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS na sigla em inglês), o Brasil se tornou referência em serviços de estética, do botox e preenchimento até cirurgias mais invasivas. “O Brasil é um dos países que mais consomem estética e a Harmonização Facial tem sido um dos procedimentos mais procurados nos últimos anos. Com isso, acabou sendo alvo da ‘pirataria de toxina botulínica’”, explica a especialista.

Para ela, a preocupação é com o risco que este produto falsificado pode gerar para saúde do paciente, visto que não existe confiabilidade dos componentes da ampola.

Entre as dicas para não se expor aos riscos de um produto falsificado, a especialista atenta para as diferenças na “letra c” em uma das faces da embalagem, a cor do rótulo e o tipo da letra utilizados na embalagem e a ausência número do lote na tampa da ampola, por exemplo.

“O alerta é grande para os profissionais que atuam na área, a Anvisa já apontou quais as diferenças do produto original para o falsificado. E com isso é importante que os profissionais prestem bastante atenção aos detalhes. E para o paciente, desconfiem de preços muito abaixo do mercado“, finaliza Dra. Palmyra Santa Rosa.

Medida Preventiva - ​​Com relação a esse medicamento, foi publicada medida preventiva no Diário Oficial da União, por meio da Resolução 352, de 1° de fevereiro de 2023, que determina a apreensão e a proibição da comercialização, distribuição e uso do produto falsificado. 

Caso profissionais de saúde e pacientes identifiquem os produtos falsificados, a orientação é não fazer uso do medicamento e imediatamente notificar a Anvisa, por meio dos seus canais de atendimento.