O advogado Paulo Amador da Cunha Bueno disse, nesta quinta-feira (11), ao chegar ao STF, que espera dos ministros Cármen Lúcia e Cristiano Zanin votos em sintonia com o de Luiz Fux, que se posicionou pela absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro.
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"Expectativa é que os votos, a exemplo do voto do ministro Fux, sejam pautados por argumentos técnicos e jurídicos sem contaminação política e de vertentes ideológicas", disse Bueno.
O advogado disse também que vê omissões nos votos a favor da condenação de Bolsonaro até agora.
"[Possibilidade de] recurso sempre há, como embargos de declaração. Vemos algumas omissões nos votos dos ministros Moraes e Dino. Por exemplo, não enfrentaram o argumento de que a organização criminosa não é armada. Não existia arma apreendida ou emprego de arma."
O julgamento
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quinta-feira (11), em sessão marcada para as 14h, o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete ex-aliados, que compõem o Núcleo 1 da trama golpista. O julgamento será retomado com o voto da ministra Cármen Lúcia.
Eles são acusados de tentar um golpe de Estado no país para manter Bolsonaro no poder, mesmo após ter sido derrotado nas urnas.
O placar está em 2 votos a 1 pela condenação de Bolsonaro. Votaram por declarar o ex-presidente culpado os ministros Alexandre de Moraes, relator do caso, e Flávio Dino, que fizeram suas manifestações na terça (9). Luiz Fux – em um voto que durou treze horas incluindo duas horas de intervalo –, pediu a absolvição.
Já há maioria para condenação em relação a dois réus: o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator do complô; e o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civl e candidato a vice-presidente na chapa bolsonarista em 2022.
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