"Espero que ele pague pelo que fez": mãe de jovem morto na Ponta Verde cobra condenação de policial em julgamento nesta quinta

Publicado em 11/09/2025, às 09h48
Cortesia ao TNH1
Cortesia ao TNH1

Por Redação

A família de James Charlysson Ferreira de Souza, de 19 anos, morto a tiros depois de uma briga em loja de conveniência de um posto de combustível na Ponta Verde, quer a condenação do policial civil Hélio dos Santos Gomes Júnior, acusado de ser o atirador do crime ocorrido em 2022. O julgamento do agente de segurança teve início nesta quinta-feira (11), no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, no bairro Barro Duro, em Maceió. 

A mãe, Elisabete Charlote, destacou, em entrevista ao repórter Bruno Protasio, da TV Pajuçara, que James era um bom filho e um bom pai para os dois netos dela. "O James era um filho muito bom, um bom pai para os filhos dele, que hoje têm 6 e 4 anos de idade. Ele trabalhava para dar o melhor para esses meninos. Meu filho tinha muitos planos, mas infelizmente eles foi interrompidos", disse.

Emocionada, a mulher declarou que espera que o policial civil "pague pelo que fez". "O que eu quero é que a Justiça seja feita. Não tem sido fácil, durante esses três anos. Nem para mim, e nem para meus netos", acrescentou Elisabete.

James tinha 19 anos (Crédito: Arquivo Pessoal)

O caso

De acordo com a denúncia do Ministério Público de Alagoas (MPAL), o policial Hélio Júnior teria atirado contra um grupo de jovens após uma discussão dentro da loja de conveniência do posto, por volta das 5h30 da manhã do dia 21 de agosto de 2022.

Um dos disparos atingiu James Charlysson Ferreira de Souza, que foi socorrido e hospitalizado, mas morreu semanas depois, em 6 de outubro de 2022, devido a complicações causadas pelos ferimentos. O laudo apontou septicemia provocada por lesão intestinal como causa da morte.

Outros quatro jovens também foram alvos dos disparos, mas escaparam. Segundo o Ministério Público, o crime foi cometido por motivo fútil e com uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas.

O promotor de Justiça Thiago Riff Narciso, que atua no caso, denunciou o policial pelos crimes de homicídio qualificado e quatro tentativas de homicídio qualificado. Ele também solicitou a oitiva de testemunhas e a anexação de laudos balísticos e documentos médicos da vítima aos autos. 

O TNH1 não conseguiu contato com a defesa do réu mas deixa o espaço aberto. 

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