"Estamos chegando ao nosso limite", diz diretor médico da Santa Casa sobre leitos

Publicado em 30/04/2020, às 07h13
Assessoria
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Por Redação TNH1

Em mais um vídeo compartilhado na internet, o diretor médico da Santa Casa de Misericórdia de Maceió, Artur Gomes Neto, voltou a pedir para que a população fique em casa para contribuir com a diminuição do número de casos da covid-19. Segundo ele, as vagas para internamento no hospital já estão próximas do "limite" e teme não ter capacidade para atender as pessoas. 

"Muitas pessoas lotam as nossas Emergências, as UPAs... Basta ver a publicação do dia 29/04 em que o Estado fala em 957 pacientes diagnosticados positivos e 41 óbitos [...] Estamos chegando ao nosso limite", desabafou o médico.

A Santa Casa divulgou na noite de ontem um boletim atualizado que mostra o número de pacientes internados na unidade em consequência do coronavírus. Até às 17h desta quarta, 64 pessoas estavam sendo atendidas no local, sendo 32 casos confirmados e 32 suspeitos. Desses suspeitos, 13 estão na UTI. Dos confirmados, 10 recebem tratamento intensivo.

"Por isso que eu venho aqui, mais uma vez, não pedir, mas implorar para que fiquem em casa, que usem máscara, que evitem sair nas ruas, que cuidem da higiene pessoal, sapatos, lavar as mãos, para que um número menor de pessoas possa ficar doente. A gente não vai conseguir atender a todos se continuar nesse ritmo. A gente depende de vocês, fiquem em casa", completou. 

Veja o vídeo:

Nas últimas 24 horas, 70 pessoas com sintomas compatíveis aos da infecção foram atendidas na Emergência da Santa Casa. Dessas, 13 tiveram amostras recolhidas para verificar a presença ou não do vírus.

De 26 de fevereiro a 29 de abril, 555 coletas de amostras para covid-19 foram realizadas, com resultado não detectável em 240 exames e 162 pacientes positivos. Neste período, seis óbitos de casos confirmados laboratorialmente foram registrados no hospital.

Apelo anterior

Na última semana, Artur Gomes Neto havia gravado um vídeo em que destacava que o volume de pessoas internadas em estado grave na unidade hospitalar era cinco vezes maior do que sete dias atrás.

O médico também havia revelado que já tinha preocupação com a chance de não ter leitos suficientes para atender os próximos internamentos, devido ao grande número de pacientes que já estava naquele momento no hospital.

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