Ana Paula Trajano, de 29 anos, foi morta a facadas dentro de uma UBS (Unidade Básica de Saúde) em Cubatão, no litoral de São Paulo. A pedagoga, que trabalhava no local, sofreu o ataque em frente ao prédio do hospital.
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O ex-namorado da vítima, que não teve a identidade divulgada pela polícia, é o principal suspeito do crime e foi detido na tarde dessa segunda-feira (4), por uma equipe do 2º Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar que realizava um patrulhamento nos arredores da UBS, no bairro Vila Natal.
Os policiais faziam a ronda quando viram uma aglomeração de testemunhas na UBS. Ao se aproximar, eles viram a mulher ferida caída no chão da unidade, segundo nota enviada pelo batalhão ao UOL. Na mesma hora, eles também identificaram o suspeito, que tentava fugir de um grupo que o identificou como o responsável pelos golpes contra Ana e tentava contê-lo.
"Imediatamente foi realizada a detenção deste homem pela equipe, sendo informado pelas testemunhas que o mesmo havia desferido golpes utilizando uma faca contra a vítima", informou comunicado da corporação. Ana Paula chegou a ser levada para o Pronto-Socorro Central de Cubatão, mas não resistiu aos ferimentos. A faca usada no crime foi apreendida no local do ataque.
Já o suspeito foi levado pela equipe do 2º BAEP à Delegacia da Mulher de Cubatão, onde foi registrado o boletim de ocorrência por homicídio qualificado. Segundo a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), ele "permanece à disposição da Justiça". Até o momento, sua identidade não foi divulgada, o que impossibilita a busca por sua defesa.
A suposta motivação para o crime é de que o investigado não aceitou o fim do relacionamento com a vítima. A última postagem de Ana Paula no Facebook, em 25 de fevereiro, foi uma atualização de seu status para "em um relacionamento sério".
Após as notícias sobre o crime, comentários parabenizando a pedagoga pelo namoro deram lugar a mensagens de revolta. "Gente do céu, que lixo esse homem. Por que tanta violência? Sem acreditar no que aconteceu", escreveu uma. "Tanta gente má por aí e isso acontece com um ser do bem", lamentou outra.
"Que amor é esse, capaz de tirar a vida?!? Quantas mais serão vítimas? Tanta mulher tendo a vida arrancada por seus ex ou atuais companheiros. Que a Justiça seja feita! Que Deus te receba de braços abertos, Ana Paula Trajano", publicou uma amiga da servidora em sua página na rede social.
EM CASO DE VIOLÊNCIA, DENUNCIE - Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie. Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 - Central de Atendimento à Mulher - e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos. Há ainda o aplicativo Direitos Humanos Brasil e através da página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Vítimas de violência doméstica podem fazer a denúncia em até seis meses.
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