Ex-gerente de banco é condenada por golpe de R$ 234 mi em jogadores de futebol

Publicado em 03/12/2025, às 22h37
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Por Revista Monet

Secil Erzan, ex-gerente de banco, foi condenada a 102 anos de prisão por liderar um esquema fraudulento que lesou investidores, incluindo jogadores de futebol famosos, em aproximadamente R$ 234 milhões na Turquia.

Ela foi considerada culpada por fraude qualificada, falsificação de documentos e abuso de confiança, atraindo vítimas com promessas de altos retornos de um fundo que nunca existiu.

Após sua prisão em abril de 2023, Secil tentou se defender alegando extorsão, mas foi condenada e também multada em cerca de R$ 96 mil, com os juízes rejeitando seu pedido de prisão domiciliar.

Resumo gerado por IA

A ex-gerente de banco Secil Erzan foi condenada a 102 anos de cadeia por administrar um fundo secreto fraudulento que lesou, entre outras pessoas, jogadores de futebol com passagem nas principais ligas europeias. O esquema criminoso de Secil, que movimentou cerca de R$ 234 milhões teve como epicentro a agência Florya do Denizbank, na Turquia, comandada pela hoje condenada.

Secil foi considerada pelos crimes de fraude qualificada, falsificação de documentos especiais e abuso de confiança das mais de 30 vítimas listadas pelo processo. Os investidores eram atraídos por promessas de retornos altíssimos que nunca foram recebidos, já que o fundo oficialmente nunca existiu.

Entre as principais vítimas estão o ex-meio-campista Emre Belozoglu, que teve passagens pelo Newcastle e pela Inter de Milão; Arda Turan, ex-atacante do Atlético de Madrid e do Barcelona; o goleiro uruguaio Fernando Muslera, astro do Galatasaray e um dos jogadores estrangeiros mais premiados do futebol turco; e Selçuk Inan, ex-capitão do Galatasaray e um dos maiores ídolos do futebol turco.

De acordo com o processo, Secil recebia grandes remessas em dinheiro vivo, devolvendo para as vítimas documentos manuscritos ou carimbados como comprovante de seus supostos investimentos. O golpe, que se assemelha aos famosos esquemas de pirâmide, ruiu quando - como é comum nesses crimes - o "capital de giro" não foi suficiente para pagar os rendimentos. Ela foi denunciada e presa em abril de 2023, e o caso teve desfecho esta semana com sua condenação. Em sua defesa, a ex-gerente alegou que outras pessoas tentaram extorquir dinheiro dela e afirmou nunca ter usado a palavra "fundo", dizendo que havia entrado em uma espiral da qual não conseguia escapar.

A ré chorou enquanto negava ter ficado com o dinheiro de alguém, afirmando que havia registros para comprovar isso, e pediu justiça aos juízes, dizendo que não fugiria se fosse concedida a prisão domiciliar. Os magistrados, no entanto, não se comoveram com suas palavras e a condenaram a 102 anos e 4 meses de prisão e a pagar uma multa de cerca de 96 mil reais.

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