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Ontem mais uma tragédia foi registrada em uma universidade nos Estados Unidos, dessa vez um tiroteio no campus da Universidade de Los Angeles (UCLA) deixou dois mortos no início da tarde dessa quarta-feira (no horário de Brasília e 10h da Califórnia).
O tiroteio ocorreu no prédio do curso de Engenharia da universidade, durante a apresentação de um trabalho de conclusão de curso. E como será vivenciar tudo isso estando longe de seu país?
O TNH1 conseguiu contato com o alagoano Jonadab Silva, estudante de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e faz intercâmbio na UCLA, a Universidade Americana cenário da tragédia de ontem. Ele também foi aluno do Instituto Federal de Alagoas (IFAL).
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O estudante mantém o blog "Quase Médico", onde compartilha suas experiências com outros alunos do curso de medicina e fala sobre sua vivência em uma universidade no exterior. Vale a pena dá uma olhada no diário desse alagoano nos EUA.
Mas hoje Jonadab atendeu a um pedido da equipe do TNH1 e concedeu uma entrevista sobre o que vivenciou no campus nessa quarta-feira tragica.
"Qualquer passo no corredor já era uma ameaça"
Durante a gravação do vídeo é possível ouvir o som quase ensurdecedor dos helicópteros que a todo o momento sobrevoavam o campus. O alagoano conta como tudo ocorreu iniciando do aviso emitido no celular sobre o atentado, as buscas da polícia e como foi ficar quase duas horas trancado em uma sala até receber o aviso de que a área estava segura para sair. O prédio onde ele estava fica em frente ao local onde aconteceram as mortes.
"Recebemos um e-mail avisando que haviam duas pessoas atingidas, até aí não sabíamos o que estava acontecendo, mas de qualquer forma fomos instruídos a irmos para um lugar seguro, para uma sala que tem portas duplas, para se proteger, e estávamos no prédio que fica bem em frente "à engenharia", que foi onde aconteceu", conta o estudante de 19 anos no vídeo que você assiste abaixo.
"Depois de tudo ficou uma sensação de "será que isso é real?", parecia que era uma cena de filme. Tínhamos que falar baixo, apagaram as lâmpadas, e qualquer passo no corredor já era uma ameaça. Não abríamos a porta pra ninguém. Qualquer passo no corredor já era uma ameaça. Estava todo mundo meio que desesperado, pois não se sabia quem eram as pessoas envolvidas e se alguém poderia ser o próximo", desabafa o estudante.
Para Jonadab, a experiência foi traumática, mas tudo correu bem graças à assistência da instituição no momento de pânico.
"A experiência foi um pouco traumática e ao mesmo tempo foi um alívio saber que estava com pessoas na universidade que sabiam o que fazer naquela hora. A Universidade foi bem efetiva e rápida para mandar instruções de como proceder, de orientar. As mensagens foram enviadas pelo setor de polícia do campus", relatou.
Acompanhe com exclusividade o vídeo que nos foi gentilmente enviado de forma colaborativa pelo alagoano, gravado momentos após o incidente no campus da universidade americana.
"Quase Médico"
Em seu blog na internet, o alagoano conta seu cotidiano nos EUA, e traz informações interessantes para o público em geral.
"Uma coisa sobre sistema educacional dos Estados Unidos que muita gente talvez desconheça é que Medicina é um curso de pós-graduação, e a graduação é, na verdade, uma preparação para a pós. Os alunos que aspiram por essa carreira são chamados pre-med, e são, em sua maioria, uma classe distinta de estudantes famintos por notas máximas e atividades complementares (sem as quais é quase impossível chegar lá)", diz o estudante na apresentação da página.
No vídeo abaixo ele fala um pouco de como chegou a estudar medicina na UCLA. Assista:
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